Timor-Leste: Nova Zelândia aguarda por maior segurança para reduzir presença militar
Díli, 25 Mar (Lusa) - A Nova Zelândia está a aguardar uma melhoria das condições de segurança em Timor-Leste para reduzir a sua presença militar, a segunda maior entre os contingentes estrangeiros no país, revelou hoje o ministro da Defesa neozelandês. Phil Goff, que se encontra de visita a Díli, afirmou hoje esperar que a redução do efectivo do país possa acontecer antes do final do ano, segundo noticia a Rádio New Zeland no seu "site" de internet.
A Nova Zelândia tem actualmente cerca de 200 militares e polícias no país, apoiados por dois helicópteros UH-1H Iroquois - o segundo maior contingente militar estrangeiro, depois do australiano.
A concretizar-se uma "consolidação" da situação de segurança ao longo deste ano, seria possível à Nova Zelândia retirar os meios aéreos e 32 tripulantes e pessoal de apoio, referiu Goff. Para o ministro neozelandês, ainda há "enorme quantidade de trabalho a fazer" no terreno, incluindo o fortalecimento das forças de segurança locais, e a situação permanece "frágil".
No final da sua nona visita a Timor-Leste, Goff irá ainda fazer uma escala em Darwin, Austrália, para visitar José Ramos Horta, primeiro-ministro [presidente da República] timorense que ali se encontra em convalescença. Horta foi submetido a várias intervenções cirúrgicas após o atentado de 11 de Fevereiro, em que foi gravemente ferido.
Durante a visita de três dias a Timor-Leste, Goff encontrou-se com as tropas do seu país ali destacadas e manteve encontros com as autoridades timorenses, nomeadamente com o primeiro-ministro Xanana Gusmão e o Presidente interino Fernando "La Sama" Araújo. Esteve ainda reunido com responsáveis da Força Internacional de Estabilização da missão das Nações Unidas em Timor-Leste.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-03-25 13:10:01
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