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EM FAVOR DA REVISÃO DO ACORDO ORTOGRÁFICO: TRÊS ORDENS DE RAZÕES 'CULTURAIS'

Compreendo que o Governo português tem um compromisso político-diplomático, assumido em 2004 pelo Governo de então, que dificilmente lhe permitiria não ratificar o 2.º Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico, independentemente de discordâncias que porventura tenha quanto ao seu conteúdo. Certamente por isso, e não apenas por questões de carácter pragmático ligadas à sua implementação no terreno, a presente ratificação faz-se acompanhar do pedido de uma moratória de seis anos para a sua aplicação. Teria sido preferível pedir mais tempo, que, a meu ver, o Governo deveria aproveitar para procurar encontrar consenso diplomático com vista à revisão do Acordo. E por que precisa ele de ser "emendado"? Por várias ordens de razões, todas culturais, em última análise: 1 - Por razões técnico-linguísticas e culturais: Como já foi abundantemente demonstrado pela comunidade linguística, pelo menos desde 1990, o Acordo manifesta inúmeras fragilidades. Relevo apenas dois aspectos: a) O ...

Maternidades dão orientações erradas para deitar os bebés

CARLA AGUIAR PAULO SPRANGER As maternidades portuguesas adoptam e recomendam práticas erradas no acompanhamento dos recém-nascidos, acusa o pediatra Mário Cordeiro. "É intrigante e perturbador constatar que 18 anos depois de existir uma orientação técnica da Direcção--Geral da Saúde a dizer que as crianças não se devem deitar de lado, porque isso aumenta para o dobro a probabilidade de morte súbita, mas de costas, profissionais de saúde continuem a recomendar essa prática", disse o médico ao DN. Um estudo concluído no final do ano passado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, baseado em inquérito às mães, a seguir à alta médica, constatou que "em 90% dos casos foi-lhes recomendado pelas enfermeiras que deitassem os bebés de lado". Esta situação leva aquele pediatra a considerar que é preciso "questionar e responsabilizar os directores de serviço dos hospitais que não fazem um acompanhamento do modo como os profissionais estão a segu...

Onde está o lado certo?

José Sócrates fuma nos aviões e, acaso, fora deles; Sarkozy é muito dado às pequenas; Gordon Brown rói as unhas; o filho da princesa Ana de Inglaterra casou-se com uma canadiana; Hugo Chávez perdoou a Espanha a grosseria de El-Rei; a actriz Ellen Degeneres anunciou a felicidade que a inunda, pois vai trocar alianças matrimoniais com Portia de Rossi, a companheira de mesa e de leito; Campos e Cunha, economista, professor e antigo ministro, amolga o carácter de Manuela Ferreira Leite, acusando-a de "esfaqueamento" pelas costas; Pedro Santana Lopes qualifica a referida senhora de "deprimente"; Bush revela-se um pouco alarmado com a América Latina, "demasiado vermelha"; o PSD parece um saco de gatos, mas três "cientistas políticos", Marina Costa Lobo, André Freire e António Costa Pinto sossegam o nosso alvoroçado espírito, afiançando ser "normal" a crise naquele partido, o qual não corre "perigo de extinção"; em escassos cinco dia...

O bater de asa da borboleta (2)

Do KKK a apoiante de Obama As primárias democratas de ontem no Kentucky e no Oregon devem ter deixado (escrevo antes do fecho das urnas) tudo na mesma: Obama mais vencedor, mas não dando tudo por acabado para não parecer que empurra Hillary borda fora. Dá-lhe tempo para ela poder salvar a face. Em todo o caso, esta semana já teve um episódio bem mais interessante do que aquelas duas eleições. Na 2.ª-feira, Barack Obama recebeu o apoio do senador pela Virgínia Ocidental Robert C. Byrd, de 91 anos. Este não é um senador qualquer, e não só por ter o mais longo mandato da história do Senado americano, para onde foi eleito há 49 anos. Na sua juventude, Byrd foi membro da Ku-Klux-Klan. Já como eleito político, combateu a integração dos negros no exército ("nunca combaterei com um negro ao meu lado", disse, então). E, no Senado, votou contra as leis dos Direitos Cívicos. Agora, ele apoia Obama. O senador Robert C. Byrd é a imagem de uma coisa que é certa na América: esta é feita de ...