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A mostrar mensagens de maio, 2011

Xanana: "A própria ONU precisa de uma grande reforma."

Não resisto em publicar mais um excerto do discurso de Xanana Gusmão - que fala da sustentabilidade e transparência - proferido dia 17/5, no Centro de Convenções de Díli. «E o Mundo precisa de uma grande reforma. As grandes e pesadas organizações, no mundo, precisam de uma grande e profunda reforma a fim de se proceder a uma limpeza à casa para, deste modo, adquirirem experiência para poder aspirar a limpar o quintal de outros. A própria ONU precisa de uma grande reforma. Em 2004, eu, enquanto Presidente da República, Dr. Ramos-Horta era ainda Ministro dos Negócios Estrangeiros, fomos em visita à Alemanha. O Presidente alemão solicitou a Timor-Leste para apoiar a Reforma na ONU e a sua candidatura ao Conselho de Segurança. Eu disse ao Presidente alemão o seguinte: "A Reforma na ONU não pode limitar-se apenas a admissão de novos membros ao Conselho de Segurança. Tem de haver mesmo uma reforma, porque a ONU é uma organização muito pesada e burocrática, que gasta muito dinheiro... e

Os "experts" da UNMIT: peritos em quê?! (5)

Mais uma alfinetada a UNMIT: Xanana explica as razões pelas quais vai alongar a sua intervenção. «Eu ia fazer uma intervenção breve, mas peço licença a V.Exas para falar mais um bocadinho, porque eu, também, li ontem um bom e óptimo documento da UNMIT. Fiquei contente ao ler o "Wikileaks" de Timor ou a "ONUleaks" que o Tempo Semanal divulgou ontem. A 24 de Janeiro deste ano, a UNMIT fez uma apresentação para o seu staff subordinada ao tema «Governação Democrática em Timor-Leste». Nesta apresentação afirmou-se que Xanana Gusmão é o maior obstáculo ao desenvolvimento da democracia em Timor-Leste. Estou deveras contente porque eles demonstram que não conhecem Xanana Gusmão. E, agora, eu declaro a todos vós, e aproveito para lhes dizer [a UNMIT] também, como, em 2009, respondi à Inteligência australiana quando me questionaram sobre as motivações de compra de navios patrulha à China. Xanana Gusmão era marxista-leninista enquanto membro do Comité Central da Fretilin que

Os "experts" da UNMIT: peritos em quê?! (4)

Este excerto do discurso de Xanana Gusmão tem como destinatário timorenses assalariados da UNMIT com o estatuto de "experts" que influenciaram na redacção do relatório - muito crítico a Xanana, como sendo "obstáculo ao constitucionalismo" - desta instituição divulgado internamente a 24/01/2011. «Ser cidadão não é só ter o Bilhete de Identidade para poder escolher um partido político e votar nas eleições. Ser cidadão é ter o dever de contribuir positivamente para [o desenvolvimento de] uma Nação. Pode acontecer que um timorense se afaste deste dever, fazendo desaparecer o conceito de soberania. Esta pessoa, este timorense, considera-se um independente, por isso, para ele, os interesses da Nação já nada valem. Consideram-se independentes porque não é o Estado [timorense] que lhes paga [o salário], mas grandes e enormes Organizações, como, porventura, agências da ONU, das quais podemos também questionar a transparência e o resultado de enormes somas de dinheiro que gas

Os "experts" da UNMIT: peritos em quê?! (3)

Mais ataques demolidores de Xanana Gusmão aos "experts" timorenses e internacionais da UNMIT, no seu discurso de 17/05, no Centro de Convenções de Díli. «Eu, também, tenho a minha apreciação profunda relativa a ONU e suas agências. A minha proposta é esta: a UNMIT e seus "experts" timorenses deviam oferecer-se para resolver a questão do Iraque, Afeganistão, Paquistão, e oferecerem-se também para ajudar a democracia no Iémen, Síria e Líbia. Contudo, na apresentação da UNMIT, em Janeiro de 2011, afirmam que só com a continuação da presença da ONU em Timor-Leste é que se pode desenvolver este país. Eu quero dizer aos timorenses, que se tornaram "experts" para a UNMIT, para não se gabarem muito, para não se curvarem demasiado para o dinheiro de outros, porque esta postura é uma doença a qual designamos colonialismo mental e colonialismo intelectual. Em português diz-se alienação. A nossa Constituição diz que não se pode alienar a nossa soberania, isto é, não s

Os "experts" da UNMIT: peritos em quê?! (2)

Mais um excerto do discurso de Xanana Gusmão (17/05) em que põe em causa o conhecimento dos peritos da UNMIT em áreas como economia e finanças e justiça. «A UNMIT referiu-se também à minha resposta às "Contas Gerais do Estado 2009" como sendo 'hostil', isto é, que a minha resposta é muito crítica e que demonstra uma falta de respeito pelos Tribunais. Eu concordo que a UNMIT tem muitos peritos, todos muitos inteligentes, nacionais e internacionais, por isso é que eles não analisaram a fundo a minha resposta ao Parlamento Nacional. Mas, a sabedoria da UNMIT não chega para entender que eu, enquanto Primeiro-ministro de Timor-Leste, não aceito teorias de políticos e intelectuais de Portugal que o Tribunal menciona e escreve no seu relatório, porque acompanho a situação económica e financeira em Portugal. (Como no passado [na Resistência], não fazia a guerra na escuridão.) Na minha resposta eu procurava fazer entender que se as teorias citadas pelo Tribunal são as certas e

Os "experts" da UNMIT: peritos em quê?!

Vou transcrever uma passagem do discurso de Xanana Gusmão, proferida na Jornada Científica , dia 17/05, no CCD: «A UNMIT considera Xanana Gusmão como obstáculo. Peritos timorenses e internacionais que trabalham na UNMIT afirmam o seguinte: "Xanana é o maior obstáculo ao 'constitucionaismo'". Contudo, em Fevereiro de 2008, se Xanana não tivesse lido bem a Constituição da RDTL não teria feito nada para parar a inactividade [inacção] da UNMIT e a inoperacionalidade da ISF a fim de tomar a decisão de constituir a Operação Conjunta [em perseguição dos rebeldes do tenente Gastão Salsinha] para não alienar a nossa soberania , posso garantir que [hoje] ainda haveria crise [político-militar] no nosso país. Para a UNMIT, esta é a situação desejada... porque, assim, podem permanecer mais tempo [em Timor-Leste]! E eu tenho de vos informar que alguns timorenses defendem que a UNMIT não pode deixar [o país], porque eles ajudam muito a economia do povo e se a UNMIT sair o povo há-d

Xanana rejeita acusações da ONU

Na sua intervenção na Jornada Científica organizada pela Universidade Nacional de Timor Lorosa'e (UNTL), ontem, dia 17/05, na CCD, o Primeiro-ministro rejeita as acusações da ONU contidas num relatório da UNMIT, dirigidas contra si, em que diz que "Xanana Gusmão é o maior obstáculo à implementação de políticas democráticas em Timor-Leste". Xanana reagiu a essas acusações, criticando fortemente os funcionários timorenses que estão a trabalhar na missão da ONU em Timor, a UNMIT, para não se vangloriarem muito e falsificarem dados em relatórios oficiais desta organização a fim de transmitir um falso ambiente de instabilidade político-social, dando argumento para o prolongamento da UNMIT para além de 2012 (e quiçá também para não perderem os seus faustosos vencimentos e satisfazerem as suas simpatias políticas). Xanana relembrou que se, em 2008, na sequência dos atentados de 11/02, o Governo tivesse dado ouvidos aos conselhos da ONU para empregarem as forças militares em m

Caso Bere: Xanana foi chantageado

O blogue do conclave dos detractores de Xanana http://www.timorhauniandoben.blogspot.com/ acaba de comentar no artigo "Xanana é ditador, grande novidade!" uma notícia do http://www.temposemanal.blogspot.com/ em que se dizia que a ONU, numa reunião, teria afirmado que "Xanana Gusmão é o maior obstáculo à implementação de políticas democráticas em Timor-Leste", citando de entre outros o facto da libertação de Martenus Bere como sendo da iniciativa do Primeiro-ministro. Não. Quem decidiu libertar Martenus Bere foi Ramos-Horta. Vou transcrever os três últimos parágrafos do texto que escrevi a próposito deste facto (12/09/2009), neste blogue, onde vêm explicadas as razões desta soltura do criminoso do massacre da Igreja de Suai: «O Presidente Horta queria a viva força mandar soltar nas comemorações de 30 de Agosto o criminoso Martenus Bere, como sinal de amizade e boa vontade à Indonésia, mas encontrou oposição do Primeiro-ministro Xanana. Para levar avante tal medida

Caso José Luís Guterres: Ministério Público recorre da sentença

O Ministério Público discorda da absolvição de José Luís Guterres e vai recorrer da sentença ao Tribunal de Recursos. Penso que pretende ver confirmada pela alta instância judicial timorense a sua miopia. É que insistir nesta acusação revela falha de bom senso. Não tem pernas para andar. A sentença está muito bem sustentada. Não tem pontas por onde se lhe pegue. Mas tente!

José Luís Guterres absolvido

José Luís Guterres foi absolvido pelo Tribunal da 1ª instância de Díli, dia 9/05, das acusações de "enriquecimento ilícito e abuso de poder", suspeitas essas inicialmente levantadas há três pela bancada da Fretilin no Parlamento Nacional, em represália por o actual Vice-Primeiro-ministro ter deixado o partido e levado consigo metade de eleitores naturais da Fretilin e integrar o IV Governo Constitucional. O colectivo de juízes considerou infundadas as acusações deduzidas pelo Ministério Público e ilibou José Luís Guterres de "crimes " (relativas à nomeação de sua esposa, cidadã moçambicana, para o cargo diplomático de Conselheira da Missão timorense junto da ONU) alegadamente praticadas no exercício das suas funções de ministro dos negócios estrangeiros do II Governo Constitucional liderado pelo então PM Ramos-Horta. Consta que alguns influentes políticos moçambicanos manifestaram o seu desagrado junto de alguns dirigentes da Fretilin por estes terem desencadeado um

"José Sócrates deve ser severamente punido nas próximas eleições"

São afirmações de António Barreto, em longa entrevista ao jornal I, dia 7/o5, concedida ao jornalista Luís Claro, relativamente ao primeiro-ministro - José Sócrates Pinto de Sousa - que conduziu o país ao abismo e à bancarrota, devido a sua incompetência, vaidade, teimosia e autismo, nesses seis anos dos seus dois mandatos, anestesiando os Portugueses com técnicas de vendedor de banha de cobra e de ilusionismo de feira e de um pastor da IURD, levando pacóvios a voltarem a depositar o seu voto em 2009 ao "menino de oiro", como lhe apelidou uma das suas fiéis, e "animal feroz", como se auto-intitulou, numa entrevista. António Barreto afirma ainda que "o primeiro-ministro, José Sócrates, não está à altura, não é capaz de contribuir para soluções futuras", acresecentado que essa sua convicção se assenta n"a maneira como ele foi o responsável do declínio do país e a maneira como se tem comportado perante o pedido de assistência" e também a forma como

4º dia do 2º Congresso do CNRT (7)

Deliberações importantes saídas do 2º Congresso do CNRT: Nas eleições legislativas de 2012: i) conseguir maioria absoluta nas votações; ii) conseguir 45 ou mais de assentos no Parlamento Nacional. Nas eleições presidenciais de 2012: Convocar, em Setembro ou Outubro, uma Conferência Nacional ou um Congresso Extraordinário para analisar e decidir sobre as eleições presidenciais.

4º dia do 2º Congresso do CNRT (6)

Os congressitas decidiram continuar a confiar em Xanana Gusmão para Presidente e Dionísio Babo para Secretário-geral do Partido. Relativamente às votações para as duas listas concorrentes para o Conselho Directivo Nacional ganhou a lista onde consta, de entre outros, o nome de Vicente Guterres (o actual Vice-Presidente do Parlamento Nacional).

4º dia do 2º Congresso do CNRT (5)

Está a ser entrevistado o Secretário-geral eleito, Dionísio Babo, pelo repórter da TVTL em serviço no congresso. Babo afirma que está agradecido pela confiança em si depositada pelos delegados, sendo ele um novato na política. Acrescentado que é importante a entrada para o partido de caras novas, de adesão de novos militantes, para continuar a obra, o trabalho dos mais velhos, dos veteranos da política. Continuando o seu discurso, afirma que é uma formiga ao pé de muitos dirigentes políticos, como Lu Olo, Mari Alkatiri, Rogério Lobato (citando entre outros), no entanto confia mais em Xanana Gusmão, e que está na política para contribuir para o desenvolvimento do país dentro do espaço político ocupado pelo CNRT.

4º dia do 2º Congresso do CNRT (4)

Vai decorrer dentro de momentos a votação para escolher o Conselho Directivo Nacional do Partido. Entretanto alguns delegados solicitaram à mesa para retirarem os seus nomes das listas concorrentes, alegando um que é ainda muito novo para assumir cargos de responsabilidade nacional e outro que já é velho e cansado para contribuir num órgão nacional. Estão a ser substituídos nas respectivas listas. São apresentadas duas listas para a eleição dos membros do Conselho Directivo Nacional. O Presidente da Mesa do Congresso, Xanana Gusmão, dá, neste momento, ao início das votações ao CDN. São 47 membros e dez suplentes. Os delegados votam por distritos.

4º dia do 2º Congresso do CNRT

Ainda está decorrer, neste preciso momento, a contagem dos votos depositados na segunda das três urnas na votação para as duas listas concorrentes. As duas listas têm a particularidade de proporem as mesmas pessoas para o Presidente do Partido, Xanana Gusmão, e para o Secretário-geral, Dionísio Babo; diferem apenas nos nomes para vices do Presidente e para os adjuntos do Secretário-geral. Há um número significativo de votos nulos. Votaram 873 delegados.

Missa da beatificação do Papa João Paulo II em Tasitolu

Facto inédito é a cúpula do Estado timorense (o Presidente da República Ramos Horta, Primeiro-ministro Xanana Gusmão, Vice-Presidente do Parlamento Nacional Vicente Guterres, Presidente do Tribunal de Recursos Cláudio Ximenes e o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Taur Matan Ruak) fazer a entrega do "Ofertório" ao presidente da celebração eucarística, D. Alberto Ricardo, bispo de Díli. Uma nota negativa a assinalar: a televisão estatal timorense TVTL terminou a cobertura desta celebração pouco depois da comunhão, enquanto decorria ainda um ritual genuinamente timorense, no altar, em homenagem também ao Papa João Paulo II, alegando compromisso com a Timor Telecom, privando os telespectadores de assistirem até ao fim esta importante missa campal, em Tasitolu).

3º dia do 2º Congresso do CNRT

A Mesa do Congresso decidiu prolongar por mais um dia o congresso devido ao número elevado de inscrições para discutir as propostas de revisões dos Estatutos do Partido (e também porque os congressistas propuseram uma paragem, no período de tarde de domingo, para participarem na missa da beatificação do "Papa que colocou Timor no mapa" político, João Paulo II, segundo afirmação do então embaixador brasileiro acreditado em Lisboa, Aparecido de Oliveira, à delegação da Convergência Nacionalista Timorense, em Setembro de 1989).