Avançar para o conteúdo principal

Valter Lemos e a violência nas escolas

PGR pediu mais autoridade para os professores

Violência nas escolas é um problema que vem de fora, diz secretário de Estado


25.03.2008 - 14h21 PÚBLICO


O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, disse hoje, em entrevista à TSF, que a violência nas escolas se deve a factores externos às instituições e que os estabelecimentos têm mecanismos para atacar estes problemas. As declarações do responsável vêm no seguimento do procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, citado pelo "Diário Económico", ter pedido mais autoridade para os professores.

Valter Lemos sustentou a sua opinião com os dados do programa “Escola Segura” que foram recebidos pelo ministério e onde os comandantes da polícia garantem que os problemas são “importados de fora” e que o ministério está a agir na resolução desta situação.

O responsável informou ainda que o Ministério da Educação tem “programas especiais do ponto de vista da segurança externa através do ‘Escola Segura’ e do ponto de vista da segurança interna através de mecanismos internos de ocupação de alunos e de reforço dos meios de apoio aos professores”.

O secretário de Estado referiu, também, na contratação de monitores e mediadores para apoio aos docentes “para tentar obviar dentro aquilo que é a importação de fora”. Valter Lemos garantiu desconhecer outros casos de violência e afirmou que não existe qualquer contacto por parte da Procuradoria-Geral ou do Ministério Público sobre questões de violência interna nas escolas.

PGR quer mais autoridade para os professores

Pinto Monteiro mostrou-se ontem contra o “sentimento de impunidade” que se vive nas escolas portuguesas e pediu mais autoridade para os professores, na sequência do caso de agressão passado na escola Carolina Michaelis, no Porto.

“Impõe-se que seja reforçada a autoridade dos professores e que os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas o que raras vezes tem acontecido”, sublinhou o PGR, em declarações ao “Diário Económico”.

O procurador explicou ainda que nalgumas escolas se formam “pequenos gangs que depois transitam para gangs de bairro, armados e perigosos”, funcionando a violência escolas como “embrião” para níveis mais graves de criminalidade.

Esta não é a primeira vez que o PGR se pronuncia sobre a violência nas escolas. Em Novembro, em entrevista à revista “Visão”, Pinto Monteiro disse estar a par de que “até a senhora ministra da Educação” minimiza a dimensão da violência nas escolas.

Público On line, 25/3/2008
______________________________________
Comentário de um leitor:
mais valia disse...
É uma pena que o Sr Secretario de Estado esteja novamente a fazer politica para o partido que representa em vez de estar a governar.Governe e deixe-se de conversa mole
26 de Março de 2008 14:27

Comentários

mais valia disse…
É uma pena que o Sr Secretario de Estado esteja novamente a fazer politica para o partido que representa em vez de estar a governar.
Governe e deixe-se de conversa mole

Mensagens populares deste blogue

Governo PS dos Açores suspendeu a ADD!!

O governo do Partido Socialista dos Açores suspendeu o modelo de avaliação do desempenho de professores imposto pela equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, substituindo-o por um modelo simplificado de avaliação. Mais: vai 'reconstruir' a carreira dos docentes contando também para a progressão da carreira os dois anos e quatro meses congelados pela 'reforma' do PM Sócrates.. A questão que se impõe agora é a seguinte: A República Portuguesa é ou não um Estado Unitário?!

Língua materna como língua de instrução: estupidez e teimosia do ME timorense

O melhor caminho para desenvolver as línguas maternas timorenses - vulgo línguas nacionais - é constituir equipas de estudiosos falantes nativos de cada uma das línguas (com a ajuda e colaboração de linguistas) para as estudar, analisar e estruturar a sua morfologia e sintaxe, e posterior aprovação da sua norma ortográfica pelo Parlamento Nacional a fim de haver uniformização no seu uso e ensino, evitando que uma mesma palavra tenha três ou quatro grafias diferentes. A política educativa deve estar integrada na estratégia de defesa e segurança nacional. Não deve servir, nunca, para abrir brechas na segurança e unidade do país. A educação não se limita apenas a ensinar a ler e a escrever ("literacia") e a ensinar efectuar operações aritméticas ("numeracia"). Num país multilingue - como o nosso - e de tradição oral é imperativo haver uma língua de comunicação comum a todos os falantes das cerca de uma vintena de línguas nacionais. Neste momento, o tétum já preenche es