Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Educação

O calendário escolar timorense

Com a alteração do início do ano lectivo de Setembro para o mês de Janeiro, decisão do actual ministro da educação, João Câncio Freitas, em 2009, criou-se um problema para o ingresso dos alunos no ensino superior nas universidades portuguesas e indonésias: o timing. Concluídos os exames do 12º ano em fins de Novembro, esses estudantes terão que aguardar quase um ano para se poder ingressas nas referidas universidades, pois tanto Portugal como a Indonésia o início do ano lectivo é em Setembro. Já começa a haver contestação de alguns pais relativa a esta decisão do ministro Câncio, pois fez coincidir o calendário escolar timorense com o da Austrália, embora praticamente zero o número de estudantes que se candidatam a uma universidade australiana. Por isso, é necessário repor o anterior calendário – de Setembro a Junho – nas escolas timorenses. É uma questão de bom senso, uma vez detectado erro.

Opinião: «Reprovação zero?»

JOSÉ MANUEL CANAVARRO Professor universitário A ministra da Educação anunciou que durante o seu mandato pondera acabar com o insucesso escolar. E que o final do insucesso escolar poderá ser decretado com a impossibilidade de o professor reprovar os seus alunos. A definição de metas de aprendizagem, do que os alunos devem aprender por disciplina e por ciclo, (re)anunciada pela ministra, é relevante e necessária. Este assunto não deveria ter sido "misturado" com a possibilidade de não se reprovar. Embora existam países que alcançam bons resultados globais em educação sem terem uma prática de reprovação, o anúncio da ministra da Educação deixa muitas dúvidas e motiva algumas perguntas. A ministra está a pensar retirar a possibilidade de um professor reprovar um aluno? Durante toda a escolaridade? Apenas nos primeiros anos? Também no ensino secundário? Nas vias profissionalmente qualificantes? Nos CEF? O que acontecerá, neste novo contexto, aos exames nacionais? Continuarão a exi...

Como se continuam a destruir as escolas portuguesas

José Manuel Fernandes Os alegados defensores da escola pública são os seus maiores inimigos. Porque não respeitam alunos e famílias. Estamos na última semana de Julho e há pais a receber em casa cartas a dizerem-lhes que os seus filhos vão mudar de escola. A darem-lhes - teoricamente - a oportunidade de se manifestarem contra essa mudança. E as cartas que são assinadas por entidades cuja designação faz lembrar o gonçalvismo: "comissões administrativas" nomeadas para os novos mega-agrupamentos. Comissões que, formalmente, só entram em funções a 1 de Agosto - mas que já estão a assinar cartas. Isto que se stá a passar um pouco por todo o país - desde as aldeias remotas do interior a concelhos das duas grandes áreas metropolitanas - não é incompetência e, muito menos, voluntarismo para "fazer andar as coisas mais depressa". Isto que se está a passar e está a desorganizar a vida de centenas , talvez milhares de escolas e de um número incalculável de famílias é apenas a ...

Sistema de ensino ultrafacilitista

Diga-se o que se disser, se a objectividade da Escola cai por terra com ela cai também a verdadeira promoção humana dos alunos sócio-familiarmente desafortunados. As excepções alertam-nos para a regra geral em vigor e em vigor redobradamente feroz com esta Comissão Liquidatária do ME. A regra geral é o facilitismo, é a burocracia justificatória do insucesso dos alunos que impende desumana e desalentadora sobre os docentes. Sempre que a Escola se converte numa Misericórdia, ganha-se em porreirismo social, mas enfraquece-se o cerne. O cerne da escola deveria estimular à excelência, gratificar o mérito (ainda que o mérito e a excelência sejam muitas vezes um nicho pré-determinado, fechado, para privilegiados à partida, filhos das pessoas certas, dos privilegiados locais, dentro e fora do estabelecimento de ensino). A Escola fazer tudo ao seu alcance terá de ser pelo lado certo de fazer tudo ao seu alcance e não pelo lado assistencialista e misericordioso cujo efeito pode em última análise...

Medina Carreira: o estado da Educação

Vale a pena ler e analisar este excerto da entrevista de Medina Carreira, antigo Ministro das Finanças do PS, a Rádio Clube e Correio de Manhã, domingo, 3 de Maio, sobre a sua visão relativa a actual estado da Educação. LC – Mas o principal factor, os salários baixos, não era o ideal. - Mas o ideal do ponto de vista da mão-de-obra não é este que se prega aqui. Nós para termos uma mão-de-obra que ganhe bem temos de ter outra escola. Nós não podemos andar a formar analfabetos e depois dizermos para arranjarem empregos bons a esta gente. A gente tem de ir à escola. ARF – Aumentar a escolaridade obrigatória nestas condições é uma ideia má? - Teoricamente é uma boa medida. Como mexer na Justiça também seria uma boa medida. LC – Mas é preciso que a escola seja boa. - Agora mexer na escola e ficar tudo na mesma não interessa. Se os alunos estiverem lá e são tão bons os bons como são bons os maus, quer dizer, anda lá um número grande a atrapalhar o trânsito, em nome de uma coisa esquisitíssi...

Educação: cinco reflexões de Medina Carreira

1. «A educação em Portugal é um crime de "lesa-juventude". Com a fantasia do ensino dito "inclusivo", têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida àqueles que querem estudar. Mas é inclusiva.... O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?» 2. «Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada! » 3. «Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina. Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram[-lhe]:...

Carlos Reis, o professor missionário

Um grande português da estirpe dos portugueses do século XVI encontra-se em Timor desde o ano de 2000 a ajudar a reintroduzir a língua portuguesa. Foi professor de língua portuguesa contratado pelo Ministério da Educação português até o ano de 2002, não tendo sido reconduzido porque, entretando, se alteraram as regras de concurso pela tutela com o fito de afastar os docentes contestatários que fizeram algumas greves em Díli, no Bairro nº 1 da Cooperação portuguesa, por discordarem da política do ensino de portugês seguida pelos senhores da então Missão Portuguesa. Regressou a Timor, por sua conta e risco, em finais de Agosto de 2002, passando a residir em Manatuto como um qualquer timorense, partilhando com eles todas as dificuldades e contrariedades da vida. Nesta vila, fundou a única biblioteca existente com a contribuição de particulares em livros e em outros materiais didácticos. Promove nas instalações da biblioteca eventos ligados à difusão da língua portuguesa e dá aulas de port...

Ensino de primeiros socorros no 9º ano

CDS propõe ao Governo ensino dos primeiros socorros no 9º ano O CDS-PP propôs ao Governo o ensino obrigatório de primeiros socorros no 9º ano de escolaridade, visando assegurar que a médio/longo prazo a maioria da população esteja apta a prestar aqueles cuidados em caso de emergência. O projecto de resolução, entregue na semana passada na Assembleia da República e hoje divulgado, prevê que a formação em "Suporte Básico de Vida" tenha uma duração de 10 horas no 9º ano de escolaridade, a iniciar no ano lectivo de 2009/2010. "O CDS-PP entende que a forma mais eficaz de, a médio/longo prazo, ter a grande maioria da população suficientemente informada e apta a prestar cuidados de Suporte Básico de Vida, é introduzindo nas escolas cursos de formação nesta área, nomeadamente dirigidos aos jovens do 3º ciclo do Ensino Básico", assinala o diploma. "O socorro prestado nos primeiros minutos, logo após o incidente, é o que melhor garante uma redução, ou mesmo eliminação, d...

As crianças sobredotadas e a escola

RICARDO MONTEIRO: «Desperdiçar talentos é a pior heresia que se pode cometer.» Presidente do Conselho Pedagógico da Universidade da Criança fala ao Destak das limitações que as crianças sobredotadas enfrentam no nosso país e da nova escola-piloto que será criada este ano. Patrícia Susano Ferreira pferreira@destak.pt Como são as crianças sobredotadas? Há sobredotados que parecem ter tudo sem esforço, há outros que se desenvolvem tardiamente e, outros ainda, que nunca tiveram qualquer oportunidade, ou que não puderam desenvolver o seu potencial. Muitos sobredotados transformaram-se em especialistas ou em adultos extraordinariamente criativos; outros não se destacam, na sua actividade profissional, dos restantes adultos com dotação média. Os factores que facilitam um desenvolvimento positivo dos sobredotados são, por exemplo, um ambiente em que haja amor e desafios nos primeiros anos, um estímulo precoce, adequado e direccionado, modelos, estabelecimento de objectivos, confiança nas próp...

A violência nas escolas

«A qualidade dos espaços pode evitar a violência nas escolas» Especialistas de todo o mundo reúnem[-se], a partir de hoje, na Fundação Gulbenkian para discutir a violência escolar. Um fenómeno que está longe de se limitar a Portugal, como explica ao Destak Carlos Neto. Professor catedrático, além de ter investigado o bullying nos recreios e de pertencer a um projecto internacional de combate à violência na escola, é um dos coordenadores deste congresso. ISABEL STILWELL editorial@destak.pt A violência na escola é transversal ao mundo. Qual diria ser o seu denominador comum? O problema da violência escolar é complexo, multidimensional e afecta os sistemas educativos em todos os países e culturas. Não é um problema novo, mas temos hoje melhores condições para o estudar. Por outro lado, as mudanças ocorridas na família e na comunidade trouxeram novos problemas para dentro da escola, implicando boas práticas e dimensões diferentes de encarar a gestão das instituições e do acto educativo. Ac...

A LUTA CONTINUA (1)

Começou oficialmente a campanha eleitoral dos professores contra o PS

Recebi este texto via e-correio (e-mail) e transcrevi-o neste blogue para partilhar convoco. A DERROTA DAS MAIORIAS O governo governa com a maioria e não com as manifestações da Rua, diz o Sr. Primeiro Ministro. É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar os professores, nem de aprovar o novo estatuto da carreira docente, que é um insulto a quem presta tão nobre serviço à Nação. Já foi votada no Parlamento por três vezes a suspensão do novo estatuto da carreira docente e das três o PS votou contra suspensão. As maiorias só favorecem os poderosos, as classes trabalhadoras que produzem riqueza saem sempre a perder. É fácil para quem tem vencimentos chorudos vir à televisão pedir para que apertemos o cinto. Colegas, chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% do votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover esta enorme afronta aos professores. Somos 150....

NEE - Necessidades Educativas Especiais

Educação Especial: Todas as crianças que necessitem terão apoio, garante Valter Lemos Lisboa, 07 Jun (Lusa) - O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, garantiu hoje que todas as crianças com necessidades especiais terão apoios, negando que o Ministério da Educação tenha estabelecido metas para o número de alunos a apoiar. "Não há metas. Todas as crianças que estiverem sinalizadas nos apoios educativos terão apoio. O que interessa é o apoio que cada criança precisa relativamente à sua dificuldade e não o número total de crianças apoiadas. Serão todas as que precisarem de apoio", disse Valter Lemos. O secretário de Estado da Educação falava aos jornalistas à margem de um encontro internacional sobre educação especial que juntou hoje em Lisboa 1.700 especialistas, professores e técnicos portugueses e estrangeiros desta área. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estimou sexta-feira que cerca de 60 por cento dos alunos com necessidades especiais deixarão de ter ...

Programa "Escola Segura"

PSP reforça fiscalização nas escolas até final do ano lectivo A PSP vai reforçar a fiscalização junto das escolas a partir de hoje e até ao final do ano lectivo, numa operação de prevenção criminal em que pretende também transmitir aos jovens os cuidados que devem adoptar. Em comunicado, a PSP anuncia o início da operação de segurança junto dos estabelecimentos de ensino de todo o país, que se prolongará até ao final do ano lectivo, dia 20 de Junho. A operação, enquadrada no programa "Escola Segura", irá reforçar o policiamento, a fiscalização rodoviária e de estabelecimentos comerciais nas imediações das escolas "num período do ano lectivo crucial para o normal funcionamento das actividades de ensino". As operações vão realizar-se em todo o Continente, bem como nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Entre os conselhos aos alunos, a Polícia de Segurança Pública (PSP) recomenda que evitem mostrar dinheiro e artigos de valor, como telemóveis, jogos electrónico...

Aprovado diploma de avaliação de professores

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, o novo decreto sobre avaliação de professores, que consagra o entendimento assinado quinta-feira passada entre o Ministério da Educação e sindicatos de professores. O novo sistema entrará em vigor, ainda este ano lectivo, para cerca de 7 mil professores. O novo decreto não revoga o antigo, mas introduz normas transitórias, na sequência do entendimento entre as duas partes. A avaliação docente, simplificada e aplicada de forma universal, terá em conta quatro factores: ficha de auto-avaliação, assiduidade, cumprimento do serviço distribuído e participação em acções de formação. Quanto às classificações, “regular” e “insuficiente” terão de ser confirmadas em nova avaliação no ano lectivo seguinte. O decreto irá ainda criar uma comissão paritária, formada pela administração educativa e um representante de cada estrutura sindical, que irá supervisionar a aplicação do decreto e formular possíveis alterações. Correia da Manhã, 24/...

Carolina Michaëlis: finalmente solucionado

Alunos do liceu Carolina Michaelis "estão mais responsáveis", diz presidente do Conselho Directivo A presidente do Conselho Executivo da Carolina Michaelis, Carla Duarte, afirmou hoje que os alunos daquela escola secundária do Porto estão mais responsáveis."Eu acho que eles até se sentem mais responsabilizados, no que toca a cumprir o regulamento interno, sobretudo os alunos mais velhos já não prevaricam. Serviu de exemplo", afirmou a responsável em declarações ao Porto Canal. O caso remonta ao último dia de aulas, antes das férias da Páscoa, quando a docente de Francês do 9ºC foi alegadamente vítima de violência física e verbal por parte de uma aluna, que já foi transferida de escola. O colega que filmou a cena e a colocou na Internet foi também transferido de escola. Um outro aluno, da mesma turma, que impediu a ajuda à professora foi suspenso por dois dias. Os restantes elementos do 9ºC estão a ter aulas de formação cívica, em horas extra ao horário escolar. Ness...

Ressaca de Carolina Micaëlis 2

A DREN - Direcção Regional da Educação do Norte fez sair uma directiva expressamente para a Escola Secundária de Carolina Michaëlis proibindo telemóveis ligados nas salas de aula. E quem for apanhado com telemóvel ligado no referido espaço escolar é-lhe apreendido o aparelho e doado a uma instituição de soliadariedade social. E as outras escolas não têm também casos de muito grave indisciplina por uso de telemóveis na sala de aula? Ou, o que não é visto (por não ter sido filmado e posto na youtub) não existe ou nunca existitu?

Valter Lemos e a violência nas escolas

PGR pediu mais autoridade para os professores Violência nas escolas é um problema que vem de fora, diz secretário de Estado 25.03.2008 - 14h21 PÚBLICO O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, disse hoje, em entrevista à TSF, que a violência nas escolas se deve a factores externos às instituições e que os estabelecimentos têm mecanismos para atacar estes problemas. As declarações do responsável vêm no seguimento do procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, citado pelo "Diário Económico", ter pedido mais autoridade para os professores. Valter Lemos sustentou a sua opinião com os dados do programa “Escola Segura” que foram recebidos pelo ministério e onde os comandantes da polícia garantem que os problemas são “importados de fora” e que o ministério está a agir na resolução desta situação. O responsável informou ainda que o Ministério da Educação tem “programas especiais do ponto de vista da segurança externa através do ‘Escola Segura’ e do ponto de vista da ...

Ainda a agressão à professora 2

“Problema de saúde pública e mental” na Carolina Michaëlis Sara R. Oliveira 2008-03-24 Aluna que retirou à força o telemóvel da mão da professora de Francês pode ser transferida de escola, suspensa dez dias úteis ou ter uma repreensão registada. O que pode acontecer à aluna do 9.º C da Secundária Carolina Michaëlis do Porto que a 12 de Março enfrentou a professora na aula de Francês para lhe retirar o telemóvel? À luz do novo Estatuto do Aluno há três hipóteses: transferência de escola, dez dias úteis de suspensão ou repreensão registada. O caso foi notícia em praticamente todos os órgãos de comunicação social do país. Um pequeno filme, captado por um telemóvel de um colega de turma e colocado no site de partilha de vídeos online Youtube, mostra a aluna a tentar tirar o telemóvel da mão da professora de Francês. A turma ri-se do episódio. "Dá-me o telemóvel já", ordena a aluna. No final, a estudante consegue reaver o telemóvel. Na quinta-feira passada, um funcionário da esco...