Dili, 13 jul (Lusa) - O presidente do Timor Leste, José Ramos-Horta, afirmou que “os mortos não se honram com vingança”, em referência aos atos de violência que marcaram o ano de 1999, quando o pequeno país lusófono declarou-se independente da Indonésia. José Ramos-Horta parte nesta segunda para Bali, Indonésia, onde a Comissão de Verdade e Amizade (CVA) apresenta, em 15 de julho, para as lideranças dos dois países, o relatório sobre os crimes de 1999. "Os mortos não se honram por vingança. Honram-se por nos lembrarmos deles, do seu sacrifício, do seu sofrimento”, declarou José Ramos-Horta à Agência Lusa. O presidente explicou que a comissão bilateral não tem como objetivo agir como instância judicial, nem seu relatório final recomenda acusações. Na longa entrevista, concedida em Dili, o chefe de Estado timorense defendeu também o polêmico decreto presidencial que resultou na libertação de condenados por crimes contra a humanidade cometidos na época da independência. A redução de ...