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A mostrar mensagens de dezembro, 2008

Opinião: avaliação do desempenho da ministra

Avaliadora avaliada Porque a realidade excede os meus dotes ficcionais, esta Ficha de Avaliação da Doutora Maria de Lurdes Rodrigues, Ministra da Educação, assenta nos critérios seguidos pelo seu Ministério incluindo a terminologia usada na avaliação de docentes, o número de alíneas e a bitola de classificação. Níveis de Pontuação: Mínimo 3, máximo 10. A - Preparação e execução de actividades. A - 1 Correcção científico-pedagógica e didáctica da planificação. Classificação obtida - Nível 3 (Não efectuou as reformas previstas no Programa do Governo por falta de trabalho preparatório. As cenas de pugilato, luta greco-romana e intimidação por arma de fogo simulada nas áreas que lhe foram confiadas vão originar um aumento significativo da despesa pública com a contratação à Blackwater - por ajuste directo - de um mercenário israelita por cada sala de aula e dois nas salas dependentes da DREN). A - 2 Adequação de estratégias. Classificação obtida - Nível 3 (Não definiu linhas de rumo nem p

Ano dos professores

O ano de 2008 foi o ano dos professores em Portugal. As suas tarefas aumentam todos os dias. Dão aulas, organizam a sua escola, abrem-na ao meio, dialogam com os pais, guardam as crianças durante o horário laboral em crescendo, tentam disciplinar os jovens numa sociedade opulenta de casos de vigarice económica e de violência. Além disso, têm de perceber a psicologia do aluno e até distinguir, num ápice, se uma pistola apontada à cabeça, na aula, é verdadeira ou falsa. Reparem que nem falo do estatuto da carreira ou da avaliação. Estes foram porém os temas que encheram as ruas e esvaziaram as escolas em 2008. Este ano foi o ano em que o Estado se distanciou dos professores da escola pública e a Igreja Católica se aproximou deles. Assim começam as novas eras. JOSÉ MEDEIROS FERREIRA, professor universitário in Correio da Manhã, 28/12/2008

Timor-Leste: as minhas prioridades para 2009

7 Sugestões: 1. Melhoramento e abertura de novas rodovias e construção de pontes e de um novo cais (Hera?) para a atracagem de navios de grande calado; 2. Construção de mini-hídricas para a produção de electricidade, consumo doméstico e irrigação; 3. Lançamento de concurso internacional para a adjudicação da construção da barragem de Iralalari; 4. Construção de infra-estruturas de saneamento básico de Díli e capitais dos distritos: esgotos, estações de tratamento de águas residuais, recolha e tratamento de lixo urbano; 5. Melhoramento do parque escolar e hospitalar; 6. Produção de legislação para a protecção do ambiente (floresta, água de superfície e subterrânea, flora e fauna nativa, zona ribeirinha e orla costeira); 7. Formação de recursos humanos para tratamento de águas residuais e lixo urbano (por técnicos municipais portugueses).

Claude Lévi-Strauss

O centenário do antropólogo imortal Pode bem dizer-se que é o mais velho do immortels (imortais, o nome dado aos membros da Academia Francesa). A 28 de Maio, o fundador da antropologia estruturalista tornou-se o primerio membro centenário da pluricentenária instituição, para onde entrou em 1973. A sua obra mais emblemática, Tristes trópicos (1955), consiste num relato autobiográfico da experiência que viveu junto dos índios do Brasil entre 1935, ano em que foi convidado para professor na Universidade de São Paulo, e 1939, ano em que regressou a França. Embora tenha viajado extensivamente pelo Mato Grosso e Amazónia - ora na carrinha Ford, ora em carros puxados a bois ou, ainda, a pé -, haveria de escrever no prefácio do seu livro mais célebre: «Tenho ódio aos viajantes e aos exploradores». Regressado do Brasil, Lévi-Strauss foi um dos membros impulsionadores do movimento ecologista. E, antes do regresso definitivo à Europa, passou por Nova Iorque onde se juntou a uma já impressionant

Visitando outro blogue (16)

Desfiguração da profissão docente e processo de construção da escola da Dona Margarida 1. No consulado de Sócrates e MLR intensificou-se o processo de mercadorização da educação, com o argumento de que os professores e as escolas públicas estavam a deixar para trás um número demasiado grande de crianças. Em 2005, logo que Jorge Sampaio regressou da Finlândia, e com ele uma comitiva de professores e opinion makers socialistas, MLR lançou uma campanha contra os professores centrada no absentismo docente, nas taxas de insucesso e abandono e na carga horária lectiva. Tenho para mim, embora sem dados comprovativos, de que Jorge Sampaio exerceu um papel importante na campanha. E voltaria a exercer papel importante na viagem que fez ao Chile e de onde o think tank de apoio a MLR trouxe o modelo burocrático de avaliação de desempenho. 2. Imposta à opinião pública a ideia falsa de que os professores faltavam muito, de que trabalhavam pouco e de que eram os responsáveis pelas taxas de abandono e

Dando voz aos comentaristas (4)

Ainda Bali A propósito da postagem «A minha passagem por Bali», nossa amiga Margarida - do blogue Umalúlik - queria saber se as pessoas que enquadram a indústria hoteleira de Bali teriam boas condições de vida. Como o meu esclarecimento estava a tardar, um outro amigo nosso teve a gentileza de tirar a dúvida a nossa amiga e visitante Margarida. «Margarida disse... Sebastião, têm boas condições de vida as pessoas que enquadram a indústria hoteleira? Espero que sim ... Boas festas, 21 de Dezembro de 2008 23:43 Anónimo disse... Nem por isso. A industria hoteleira de Bali e' controlada por estrangeiros e por grandes figuras do exercito Indonesio. Bali em si, como provincia e povo, beneficia relativamente muito pouco com o turismo. Ha alguns anos atras o governo provincial de Bali pediu ao governo de Jakarta maior autonomia economica argumentando que dos cerca de 20 mil milhoes de dolares anuais gerados pelo turismo na ilha so uma fraccao permanecia em Bali sendo o resto canalizado par

Ministério da Educação apresenta duas propostas

O Ministério da Educação apresentou, hoje, duas propostas aos sindicatos para pacificar a classe docente: i) a atribuição de Muito Bom e Excelente na avaliação deixar de contar para efeitos de concurso e ii) a possibilidade de, no próximo concurso, os 'titulares' concorrerem a vagas existentes em outras escola. Porém, o Secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, afirmou a rádio TSF que as duas propostas poderão ser retiradas se os sindicatos não desconvocarem a greve de 19/01 e continuarem a incitar os professores para não entregarem os 'objectivos individuais'.

A minha passagem por Bali

Bali tem uma indústria turística florescente devido à afabilidade das suas gentes, da sua cultura única naquela região do mundo - herdeira do hinduísmo pacifista - e das suas praias lindíssimas de água tépida. Bali dispõe de infraestuturas e equipamentos hoteleiros de qualidade e clínicas de ponta para a tranquilidade e segurança dos turistas ocidentais mais exigentes. No verão último, fiz escala em Denpasar e tive a oportunidade de dar uma volta pela cidade e seus arrabaldes. A cidade é pequena e linda, com uma população muito pacífica, onde não existe roubo nem violência gratuita. Mas Bali não tem tanta beleza natural, em bruto, como tem Timor. Timor tem praias mais lindas que Kuta, uma cordilheira de montanhas - onde, nas suas encostas, florescem diversas plantas alpinas e, nos seus vales, abundam florestas tropicais densas de árvores centenárias - e uma fauna diversificada desde aves exóticas residentes a mamíferos e marsupiais. Timor tem também um mar de corais com condições para

Novo Palácio Presidencial em Construção

Este é o novo Palácio presidencial, ainda em construção, oferecido pela República Popular da China (disseram-me que era oferecido, certeza não tenho!), localizado no antigo heliporto de Díli. Quando se concluir e inaugurada a obra, o Presidente Horta deixará o Palácio das Cinzas e terá como local de trabalho um espaço moderníssimo, com todos os confortos, amplo e arejado, digno da função presidencial. Os técnicos e operários especializados e restante mão de obra são todos chineses, também os materiais de construção, excepto - penso eu - a areia. Comem e dormem nos estaleiros das obras. Em Díli, os timorenses com quem falei receiam a colocação de aparelhos de escuta sofisticados durante a sua construção! Na minha modesta opinião, a nossa pequenez como país não deve justificar que os chineses se dêem ao trabalho de, no futuro, escutar as conversas do nosso Presidente com quem quer que seja. Mas, não se sabe!

Os militares encheram o saco

Já por diversas vezes deixámos aqui a perspectiva grave em que se encontra a situação no seio da família militar. Este Governo andou a brincar com as brasas e a fogueira ateou. Desta vez, o descontentamento e o repúdio pelo desprezo e falta de seriedade demonstrada pelos governantes deixou os militares à beira da asneira grave. Quando o general Espírito Santo, militar respeitado que se encontra na reserva e ex-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, vem dizer que "só uma acção e comando de alta qualidade tem impedido que entre as fileiras surjam acções de indisciplina graves que a Nação não compreenderá", está tudo dito. Mais palavras para quê? Os surdos não querem ouvir, os cegos não querem ver e sendo assim, tudo pode acontecer a partir de agora. Na última edição da 'Revista Militar', o general Espírito Santo publicou um artigo no qual acusou o poder político de ter "falta de cultura de Defesa", confundindo "a condição militar com funcional

João Gomes Cravinho: "Timor progride"

Timor-Leste. É um "país insustentável", como se disse? Timor progride e os principais dirigentes políticos estão conscientes quanto à natureza das suas responsabilidades, incluindo na geração dos problemas passados. Esse reconhecimento é positivo para saberem lidar com o futuro. Quanto a resultados da cooperação, começam a ver-se. Nos últimos dados das Nações Unidas, mostra-se que em 2001 havia 5% da população que dizia que falava português, hoje são 15%. Para as outras línguas, houve uma duplicação para os que dizem que falam inglês (2% para 4%), uma diminuição natural do Bahasa indonésio (42% para 38%) e um aumento dos que falavam tétum de 72% para 80%. Verifica-se que está em linha com a política oficial estabelecida de duas línguas, português e tétum. Mas a cooperação portuguesa limita-se à língua? Não, mas não é pouco que em sete anos ter mais 10% da população a falar português e isso deve-se em grande medida à cooperação portuguesa. O sector da Justiça também é completa

Afinal o tamanho conta para...

Logo após a reunião com a Plataforma Sindical, a Ministra da Educação afirmou aos jornalistas que a proposta de modelo transitório de Avaliação do Desempenho Docente para este ano lectivo apresentado, em sede de negociação, pela Plataforma Sindical só "cabia numa folha A4". Por isso, nem valia à pena discuti-la...

O REPÓRTER DE 11 DE FEVEREIRO

O senhor da foto do meio (parte da cara tapada pela senhora do primeiro plano) é Nuno Franco. Foi quem relatou em primeira mão - além de Mari Alkatiri - para as rádios e televisões portuguesas, nomeadamente TSF e SIC, o atentado contra a vida do Presidente da República, omitindo convenientemente o atentado contra o Primeiro-ministro Xanana Gusmão. Sabe-se agora que esta mesma personagem, Nuno Franco, quem fez as fotografias exclusivas do corpo do ex-major Alfredo Reinaldo e do seu guarda-costas na mesma manhã do 'golpe' passada apenas cerca de uma hora do atentado para a decapitação do Estado timorense, do qual saiu gravemente ferido o Presidente Horta. Agora, falta descobrir quem fez a foto da viatura oficial do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, imobilizada na berma da estrada, crivada de balas, visíveis os estragos no vidro traseiro e na respectiva chapa. Meus amigos, é interessante ver que, logo naquela manhã, havia repórter(es) em cima dos acontecimentos nos dois locais de a

Abrantes vetou nome de Ximenes Belo

Manuel Abrantes, Embaixador da RDTL acreditado em Portugal, quis impedir a presença do Nobel da Paz e antigo Bispo de Díli, D. Carlos Ximenes Belo, na confraternização dos timorenses e amigos de Timor com o Primeiro-ministro Xanana Gusmão - na sua última visita oficial a Portugal - no auditório da Aula Magna da Universidade de Lisboa, vetando o seu nome da lista de convidados para o evento elaborada pelo Gabinete do Primeiro-ministro e entregue à Embaixada para processar os convites. Foi necessária a intervenção do próprio Primeiro-ministro para o demover dos seus intentos, tendo Xanana Gusmão puxado dos seus galões no ofício que lhe enviou, recordando-lhe - caso se tenha esquecido - que a função de um embaixador é seguir as directrizes emanadas do Governo, e nunca agir de 'motu proprio' nem tão pouco contrariar as orientações do Primeiro-ministro.

SUNRISE: CONVITE POLÉMICO A ALKATIRI

O convite do Presidente da República endereçado a Mari Bim Amude Alkatiri, Secretário-geral da Fretilin e ex-Primeiro-ministro e líder da oposição ao governo da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) - para coordenar e chefiar a equipa governamental às negociações com a Austrália na disputa do destino final do 'pipeline' do Greater Sunrise - tem-se esbarrado com a resistência do CNRT, partido maioritário integrante com outras formações políticas da aliança parlamentar (AMP) que sustenta o governo. A questão que se levantou era se o Presidente da República teria legitimidade constitucional para convidar e nomear Mari Alkatiri para coordenar a equipa que gere a questão do petróleo, em particular o Greater Sunrise. Outra questão ainda que também se levantou era se o Presidente da República teria alguma estratégia escondida na manga para convidar e nomear o líder da oposição - que sempre afirmou que este "Governo é inconstitucional" e que Xanana Gusmão é o "Primeir

Mais de 90% de adesão à greve

Não há aula na minha escola. Os alunos apresentaram-se esta manhã à escola - como fazem todos os dias - mas encontraram-na sem professores. É verdade que a escola se encontra aberta, como afirmou o Secretário de Estado, Jorge Pedreira, nas televisões e rádios esta manhã e nos telejornais da uma de tarde, mas sem professores e sem alunos. Apenas funcionários, que têm por obrigação mantê-la aberta, porque a greve é dos docentes.

Convite a Alkatiri em causa

A bancada parlamentar do CNRT questiona o convite a Mari Alkatiri por Ramos-Horta para coordenar a equipa governamental do AMP às negociações relativas a 'pipeline' do campo petrolífero Greater Sunrise em disputa com a Austrália, argumentando que Alkatiri não tem autoridade política para desempenhar com êxito tal tarefa de suma importância para o desenvolvimento e progresso do país uma vez que já cedeu no passado às exigências da equipa negocial australiana, 'alienando a linha da fronteira marítima com a Austrália por cinquenta anos', deixando para a jurisdição australiana grandes áreas ricas em petróleo.