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Sistema de ensino ultrafacilitista

Diga-se o que se disser, se a objectividade da Escola cai por terra com ela cai também a verdadeira promoção humana dos alunos sócio-familiarmente desafortunados. As excepções alertam-nos para a regra geral em vigor e em vigor redobradamente feroz com esta Comissão Liquidatária do ME. A regra geral é o facilitismo, é a burocracia justificatória do insucesso dos alunos que impende desumana e desalentadora sobre os docentes. Sempre que a Escola se converte numa Misericórdia, ganha-se em porreirismo social, mas enfraquece-se o cerne. O cerne da escola deveria estimular à excelência, gratificar o mérito (ainda que o mérito e a excelência sejam muitas vezes um nicho pré-determinado, fechado, para privilegiados à partida, filhos das pessoas certas, dos privilegiados locais, dentro e fora do estabelecimento de ensino). A Escola fazer tudo ao seu alcance terá de ser pelo lado certo de fazer tudo ao seu alcance e não pelo lado assistencialista e misericordioso cujo efeito pode em última análise ser pernicioso. O meu avô queixava-se do caos no Ensino logo a seguir à implantação da República e que muito o penalizou. Tal caos ditou ter ele transitado no Ensino Primário, mas quase sem aulas, quase sem professor e sem quaisquer competências consolidadas as quais só muitíssimo mais tarde como autodidacta corrigiu: «Negativa a Língua Portuguesa, a História e a Matemática. Negativa também a Geografia, a Físico-Química, a Educação Visual... Feitas as contas, José, chamemos-lhe assim, teve nove negativas em 14 "cadeiras". Tem 15 anos, está no 8.º ano do ensino básico. E a escola passou-o.»
http://joshuaquim7.blogspot.com/2009/07/sistema-de-ensino-ultrafacilitista.html

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