Já por diversas vezes deixámos aqui a perspectiva grave em que se encontra a situação no seio da família militar. Este Governo andou a brincar com as brasas e a fogueira ateou. Desta vez, o descontentamento e o repúdio pelo desprezo e falta de seriedade demonstrada pelos governantes deixou os militares à beira da asneira grave. Quando o general Espírito Santo, militar respeitado que se encontra na reserva e ex-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, vem dizer que "só uma acção e comando de alta qualidade tem impedido que entre as fileiras surjam acções de indisciplina graves que a Nação não compreenderá", está tudo dito. Mais palavras para quê? Os surdos não querem ouvir, os cegos não querem ver e sendo assim, tudo pode acontecer a partir de agora.
Na última edição da 'Revista Militar', o general Espírito Santo publicou um artigo no qual acusou o poder político de ter "falta de cultura de Defesa", confundindo "a condição militar com funcionalismo público, a função de comando como uma directoria-geral e a disciplina militar com processos disciplinares".
Militares no activo e antigos combatentes encheram o saco e estão dispostos a perder a cabeça. Para além de um rol imenso de medidas prejudiciais já tomadas relativamente aos militares, como é que a revolta não há-de configurar uma tomada de posição relevante se o Governo se prepara para reduzir a cerca de 300 mil ex-militares o complemento de pensão anual e miserável de cerca de 175 euros/ano...
Comentário oportuno de Joshua:
João, a demagogia e insensibilidade, assim como o aproveitamento soez da credulidade das pessoas fizeram de este governo o menos sério de sempre, o mais desprezivo de sempre das pessoas concretas e dos sectores que compõem a nossa sociedade. O agastamento dos militares é somente mais um sinal de outros agastamentos que por aí vão inflamando os ânimos.
Na verdade, Sócrates faz o que bem quer e lhe apetece e como é um poço de vaidade, enamorou-se de si mesmo, multiplicando-se em anúncios e shows vazios de consequências e de aplicação tortuosa e selectiva, privilegiando os sectores mais privilegiados de Portugal, negligenciando até ao mais vil desprezo o pobre e esmagado cidadão comum.
Anuncia uma coisa, faz outra completamente oposta. O Subsídio de Maternidade, por exemplo, parece uma medida inovadora e estimulante aos pais?
Pois nada mais é que a antecipação em cinco meses de uma prestação de 100 euros antigamente posterior ao parto e que era paga sensivelmente durante um ano.
Nada é o que parece. O show do nada da socratinice soma e segue e há algum povo rasca que acha que o poder nas mãos de este narcísico é o melhor que nos poderia acontecer repetir pois não há alternativa.
Recuso-me a pensar assim. Lutarei para que uma alternativa emirja e se consolide: o BE está flácido. O PCP expectante. Alegre de momento é o único a fornecer-nos um complemento de esperança.
in http://www.pauparatodaaobra.blogspot.com/
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