Avançar para o conteúdo principal

Os "experts" da UNMIT: peritos em quê?! (2)

Mais um excerto do discurso de Xanana Gusmão (17/05) em que põe em causa o conhecimento dos peritos da UNMIT em áreas como economia e finanças e justiça.

«A UNMIT referiu-se também à minha resposta às "Contas Gerais do Estado 2009" como sendo 'hostil', isto é, que a minha resposta é muito crítica e que demonstra uma falta de respeito pelos Tribunais. Eu concordo que a UNMIT tem muitos peritos, todos muitos inteligentes, nacionais e internacionais, por isso é que eles não analisaram a fundo a minha resposta ao Parlamento Nacional. Mas, a sabedoria da UNMIT não chega para entender que eu, enquanto Primeiro-ministro de Timor-Leste, não aceito teorias de políticos e intelectuais de Portugal que o Tribunal menciona e escreve no seu relatório, porque acompanho a situação económica e financeira em Portugal. (Como no passado [na Resistência], não fazia a guerra na escuridão.) Na minha resposta eu procurava fazer entender que se as teorias citadas pelo Tribunal são as certas e correctas, então Portugal não entraria em bancarrota, com dívidas de 120 biliões de dólares e, hoje em dia, está de mão estendida ao Banco [Central] Europeu e ao FMI. Se isto é que a UNMIT classifica como 'hostil', então, não há nenhuma sombra de dúvida que os "experts" da UNMIT são mesmo muito inteligentes! E a UNMIT falou também do caso Maternus Bere.»

E eu, autor deste humilde blogue, acrescento: Não resta a mínima sombra de dúvida que os "experts" timorenses e internacionais da UNMIT são mesmo muito, muito inteligentes!

Comentários

Anónimo disse…
Sebastião, estava pesquisando sobre UNMIt para um assignment e descobri por acaso o seu blog. Acho interessante essa repercussão que vc dá, e a visibilidade para o lado " oficial" dos fatos.

No entanto, gostaria de salientar que é muito fácil escrever baseado em apenas um lado da história. É inegavel que há gente incompetente em todos os ramos do mundo, mas é preciso um pouco mais de cautela ao se comprar uma briga que é muito mais profunda do que o discurso do Sr. Presidente.

Gostaria que fosse feita uma análise, por exemplo, de como estaria o país hoje sem a presen´ca dos tais " experts" que sugerem transparencia nos gastos públicos e gestão adequada dos recursos.

De acordo com LABEH (google, ok?), em 5 anos foram gastos mais de 3 bilhoes de dolares do fundo ndo petroleo, sem nenhum sinal de sustentabilidade. Para onde foi esse dinheiro? Será que a UNMIT tem que "gastar" o dinheiro do país? Até onde sei, a funcao das nacoes unidas é de aconselhar e ajudar a manter a seguranca do país, assegurando estabilidade enquanto a missao ainda estiver em mandato.

Mensagens populares deste blogue

Governo PS dos Açores suspendeu a ADD!!

O governo do Partido Socialista dos Açores suspendeu o modelo de avaliação do desempenho de professores imposto pela equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, substituindo-o por um modelo simplificado de avaliação. Mais: vai 'reconstruir' a carreira dos docentes contando também para a progressão da carreira os dois anos e quatro meses congelados pela 'reforma' do PM Sócrates.. A questão que se impõe agora é a seguinte: A República Portuguesa é ou não um Estado Unitário?!

Língua materna como língua de instrução: estupidez e teimosia do ME timorense

O melhor caminho para desenvolver as línguas maternas timorenses - vulgo línguas nacionais - é constituir equipas de estudiosos falantes nativos de cada uma das línguas (com a ajuda e colaboração de linguistas) para as estudar, analisar e estruturar a sua morfologia e sintaxe, e posterior aprovação da sua norma ortográfica pelo Parlamento Nacional a fim de haver uniformização no seu uso e ensino, evitando que uma mesma palavra tenha três ou quatro grafias diferentes. A política educativa deve estar integrada na estratégia de defesa e segurança nacional. Não deve servir, nunca, para abrir brechas na segurança e unidade do país. A educação não se limita apenas a ensinar a ler e a escrever ("literacia") e a ensinar efectuar operações aritméticas ("numeracia"). Num país multilingue - como o nosso - e de tradição oral é imperativo haver uma língua de comunicação comum a todos os falantes das cerca de uma vintena de línguas nacionais. Neste momento, o tétum já preenche es