Há vícios instalados na embaixada timorense de Lisboa, que persistem mesmo com a mudança de embaixador, que devem urgentemente ser erradicados para melhor servir o país e os timorenses radicados em Portugal.
Quando uma embaixada que não serve os interesses dos seus cidadãos imigrantes em Portugal, não recebe condignamente representantes de órgãos de soberania em visita a Portugal, nem consegue contratar um motorista, e os funcionários administrativos mandam nos diplomatas, encerra-se. Ou faz-se uma limpeza à casa.
Mais uma vez os serviços da embaixada mostraram a sua incompetência ao não preparar o terreno para a visita (de 24/07 a 14/08) da delegação parlamentar a Portugal, liderada pelo próprio Vice-Presidente do Parlamento Nacional, Vicente Guterres, para estudar o funcionamento dos municípios portugueses a fim de encontrar o melhor modelo para o poder local a adoptar em Timor. Antes da vinda da delegação, o Parlamento Nacional enviou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros um memorando sobre os contactos que os deputados pretendiam efectuar em Portugal: audiência com o Presidente da Assembleia da República, visita de trabalho à Câmara Municipal de Torres Novas e à Presidência do Governo Regional dos Açores, entre outros. Seguindo o protocolo, o MNE deve informar a Embaixada de Lisboa da vinda dos parlamentares e os procedimentos a efectuar. Mas, chegada a delegação nenhum contacto solicitado fora realizado pelos serviços da embaixada, nem dispôs um motorista para os transportar nas suas deslocações. A própria delegação fez os contactos anteriomente solicitados ao MNE e teve de contratar o seu próprio motorista para conduzir a viatura da Embaixada.
Ainda neste período de visita dos parlamentares, um diplomata teve a ousadia de convocar o próprio Vice-Presidente do Parlamento Nacional para a recepção ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, invertendo (por ignorância?) a hierarquia do Estado, porque o Governo é subordinado ao Parlamento Nacional e o Ministro dos Negócios Estrangeiros está hierarquicamente abaixo do Vice-Presidente do PN.
Ainda neste período de visita dos parlamentares, um diplomata teve a ousadia de convocar o próprio Vice-Presidente do Parlamento Nacional para a recepção ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, invertendo (por ignorância?) a hierarquia do Estado, porque o Governo é subordinado ao Parlamento Nacional e o Ministro dos Negócios Estrangeiros está hierarquicamente abaixo do Vice-Presidente do PN.
Quando uma embaixada que não serve os interesses dos seus cidadãos imigrantes em Portugal, não recebe condignamente representantes de órgãos de soberania em visita a Portugal, nem consegue contratar um motorista, e os funcionários administrativos mandam nos diplomatas, encerra-se. Ou faz-se uma limpeza à casa.
Comentários
É fantástico como, por exemplo, aquando de uma das diversas visitas de Mari Alkatiri a Portugal, foram disponibilizados meios para quem já não estava em funções de Estado.
Várias foram as vezes em que teve de haver pressão de denúncia pública para que a Embaixada fizesse de forma a dar apoio aos diversos representantes da RDTL que foram visitando Portugal. O contacto entre os representantes do Estado Timorense e todos/as os conterrâneos no exterior, é crucial.
É manipulação tacanha, com a habitual desculpa de que o MNE tem a cargo estas matérias mas pelo que se continua a ver a coisa é mesmo local, localizadíssima e encontra-se dentro do edifício da Embaixada, plasmada nos seus únicos e exclusivos intervenientes.
Fantástico!
Esperemos que Natália Carrascalão "limpe a casa" de alto abaixo. Caso contrário acontecerá o que sempre existiu: desculpas constantes e o sacudir de responsabilidade por parte dos funcionários da Embaixada, atirando culpas para o topo, para o MNE. Já chega!
Abraço, Sebastião!