Avançar para o conteúdo principal

Os timorenses não estão interessados na justiça face à Indonésia, diz Ramos-Horta

Presidente de Timor-Leste afirma que os indonésios é que eventualmente virão a julgar os crimes contra os direitos humanos durante o regime de Suharto.

O Presidente da República, José Ramos-Horta, manifestou-se ontem ressentido com um comunicado da Amnistia Internacional a solicitar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas estabeleça um Tribunal Criminal com jurisdição sobre as violações cometidas por altura do referendo em que a população de Timor-Leste optou pela independência.

"Na devida altura, os indonésios, com a sua própria agenda, julgarão eventualmente os que são responsáveis por crimes", disse o chefe de Estado, citado pela Radio Australia. Na linha do que muitas vezes já afirmou, Ramos-Horta declarou não apoiar nenhuma investigação internacional sobre o que se passou no seu país.

"Os indonésios fizeram um tremendo progresso nos últimos dez anos, afastando-se da ditadura e da impunidade, para uma democracia mais robusta", disse ainda o Presidente, citado desta vez por outro órgão australiano, a televisão ABC.

"Se fossem comigo por todo o país, como tenho feito durante tantos, tantos meses, ao encontro das pessoas de pé descalço, milhares delas, nem uma só falou de se julgar os indonésios", insistiu Ramos-Horta.

"Tudo o que me perguntam, a toda a hora, é quando é que vão ter electricidade, quando é que vão ter uma rede telefónica", afirmou o Presidente. Segundo o governante, existe apenas um pequeno número de activistas dos direitos humanos que continua a pedir um tribunal internacional para as atrocidades que foram cometidas.

Dentro do espírito de boa vizinhança entre Jacarta e Díli, o ministro indonésio dos Negócios Estrangeiros, Hassan Wirajuda, é aguardado em Timor-Leste a 30 de Agosto, para as cerimónias do décimo aniversário do Referendo.

PÚBLICO (Sábado 29 Agosto 2009)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

23/01: o modelo ADD do ME pode vir a ser suspenso!

Paulo Portas - no seu discurso de encerramento do Congresso do CDS-PP - solicitou ao Secretário-geral do Partido Socialista José Sócrates para conceder liberdade de voto aos deputados da bancada do PS na votação da proposta do seu partido do diploma de um novo modelo de avaliação do desempenho docente agendada para dia 23/01, 6ª feira.

Governo PS dos Açores suspendeu a ADD!!

O governo do Partido Socialista dos Açores suspendeu o modelo de avaliação do desempenho de professores imposto pela equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, substituindo-o por um modelo simplificado de avaliação. Mais: vai 'reconstruir' a carreira dos docentes contando também para a progressão da carreira os dois anos e quatro meses congelados pela 'reforma' do PM Sócrates.. A questão que se impõe agora é a seguinte: A República Portuguesa é ou não um Estado Unitário?!