Um amigo meu lorosae disse-me há dias que a Fretilin maputense não conseguiu realizar a manifestação contra Xanana, em Outubro, por falta de militantes entusiastas como outrora, que seguiam cegamente as ordens de Alkatiri, acrescentando que agora apenas aderem a tais iniciativas de rua a troco de dinheiro, ou seja, a militância 'revolucionária' de antes foi já substituída pela militância 'mercenária'. Mais disse que para se conseguir reunir 50 mil, das montanhas de lorosae para marchar frente ao Palácio do Governo, Alkatiri e seus adjuntos teriam de dispender no mínimo 500 mil dólares americanos (meio milhão USD), só em pagamento do pessoal marchante, pois o preço mínimo por 'cabeça' é 10 USD, sem contar com a comida e transporte. E se acrescer a estes gastos também a logística o orçamento dispara para uns 700 mil USD. É muito dinheiro!
A partir destes dados podemos chegar à conclusão de que ou a Fretilin está a perder muitos dos seus militantes que faziam o trabalho 'pesado', 'braçal', de rua, a troco do nada, apenas pelo simples fervor revolucionário - que agora já não se revêem na actual liderança, e se transferiram em massa para os lados da AMP seduzidos pela boa governação do Primeiro-ministro Xanana Gusmão - ou os manifestantes da Fretilin do tempo das vacas gordas foram sempre mobilizados a troco de dinheiro, e que apenas uma pequeníssima minoria marchavam sobre Díli por convicção política. Por isso, estando vazios agora os cofres da Comité Central (CCF), não conseguiram arrebanhar os tais 50 mil em Outubro, porque os seus 'militantes' só marchavam - e aceitam marchar - sobre as rodas da nota verde. Talvez por isso, no verão quente de 2006, chegados a Díli deram vivas a Xanana.
Ainda há outra hipótese a ter em conta: Ou aqueles que faziam o trabalho duro, braçal, de rua, eram os veteranos e seus familiares. Estes foram já contemplados pela boa política de governação de Xanana. Estão a receber o subsídio de sobrevivência pela sua contribuição na Resistência contra a ocupação indonésia.
Outra hipótese ainda: Ou aqueles que faziam o trabalho duro, braçal, de rua, eram os anciãos de terceira idade e viúvas e órfãos de guerra e seus familiares. Estes foram já também contemplados pela atribuição de subsídios de sobrevivência.
Assim, a faixa da população na qual Alkatiri ainda pode recrutar os seus manifestantes para a sua sempre adiada «Marcha de Paz» são os arruaceiros das artes marciais. Por que não os Korka (e seus familiares) que aderiram como organização, em 2005, à Fretilin maputense e que foram recebidos em cerimónia com pompa e circunstância pela CCF e seu Secretário-geral Mari Alkatiri?
Conclusão: A Fretilin maputense já não consegue nem juntar cinco mil quanto mais cinquenta mil manifestantes para tentar derrubar o Governo AMP na rua. Alkatiri pode continuar a viajar pelo mundo lusófono a proclamar alto e bom som que vai derrubar Xanana Gusmão pela força de rua, mas está a iludir-se a si e aos seus mais chegados do CCF. Alkatiri pode continuar a convocar conferências de imprensa e a dar entrevistas a berrar alto e bom que o Governo de AMP vai cair por força de contestação de rua e que não vai passar de 2009, mas é pura ilusão. Ele sabe-o perfeitamente. Alkatiri não está com pés assentes no chão; perdeu a noção da realidade; é puro autismo continuar a insistir em usar a força para derrubar Xanana. Por isso refugia-se no sonho, no mundo onírico, enebriado pela sua própria ambição e pela ambição dos seus bajuladores. Boa sorte, camarada.
A partir destes dados podemos chegar à conclusão de que ou a Fretilin está a perder muitos dos seus militantes que faziam o trabalho 'pesado', 'braçal', de rua, a troco do nada, apenas pelo simples fervor revolucionário - que agora já não se revêem na actual liderança, e se transferiram em massa para os lados da AMP seduzidos pela boa governação do Primeiro-ministro Xanana Gusmão - ou os manifestantes da Fretilin do tempo das vacas gordas foram sempre mobilizados a troco de dinheiro, e que apenas uma pequeníssima minoria marchavam sobre Díli por convicção política. Por isso, estando vazios agora os cofres da Comité Central (CCF), não conseguiram arrebanhar os tais 50 mil em Outubro, porque os seus 'militantes' só marchavam - e aceitam marchar - sobre as rodas da nota verde. Talvez por isso, no verão quente de 2006, chegados a Díli deram vivas a Xanana.
Ainda há outra hipótese a ter em conta: Ou aqueles que faziam o trabalho duro, braçal, de rua, eram os veteranos e seus familiares. Estes foram já contemplados pela boa política de governação de Xanana. Estão a receber o subsídio de sobrevivência pela sua contribuição na Resistência contra a ocupação indonésia.
Outra hipótese ainda: Ou aqueles que faziam o trabalho duro, braçal, de rua, eram os anciãos de terceira idade e viúvas e órfãos de guerra e seus familiares. Estes foram já também contemplados pela atribuição de subsídios de sobrevivência.
Assim, a faixa da população na qual Alkatiri ainda pode recrutar os seus manifestantes para a sua sempre adiada «Marcha de Paz» são os arruaceiros das artes marciais. Por que não os Korka (e seus familiares) que aderiram como organização, em 2005, à Fretilin maputense e que foram recebidos em cerimónia com pompa e circunstância pela CCF e seu Secretário-geral Mari Alkatiri?
Conclusão: A Fretilin maputense já não consegue nem juntar cinco mil quanto mais cinquenta mil manifestantes para tentar derrubar o Governo AMP na rua. Alkatiri pode continuar a viajar pelo mundo lusófono a proclamar alto e bom som que vai derrubar Xanana Gusmão pela força de rua, mas está a iludir-se a si e aos seus mais chegados do CCF. Alkatiri pode continuar a convocar conferências de imprensa e a dar entrevistas a berrar alto e bom que o Governo de AMP vai cair por força de contestação de rua e que não vai passar de 2009, mas é pura ilusão. Ele sabe-o perfeitamente. Alkatiri não está com pés assentes no chão; perdeu a noção da realidade; é puro autismo continuar a insistir em usar a força para derrubar Xanana. Por isso refugia-se no sonho, no mundo onírico, enebriado pela sua própria ambição e pela ambição dos seus bajuladores. Boa sorte, camarada.
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