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Crise de 2006: rumores da instauração de ditadura militar

Ainda em plena crise política de 2006, um jornalista australiano questionou o general Ruak sobre os rumores que então corriam em Díli relativa a uma alegada instauração de ditadura militar em Timor, uma vez que Ruak e seus homens controlavam completamente o terreno militar, pondo em debandada os cerca de 3.500 polícias de Rogério Lobato nos decisivos dias de combate de 23, 24 e 25 de Maio. Ao que o general Ruak respondeu o seguinte: «Se eu quiser posso transformar-me num Musharaf de Timor: posso meter uns tantos na prisão, hoje; mas, o que interessa isso se daqui a uns dois anos outros farão o mesmo comigo: encarcer-me-ão, por sua vez, numa cadeia. E o ciclo de golpes e contra-golpes pode nunca vir a quebrar-se. Para mim o melhor sistema político para promover a paz e progresso é a democracia. Por isso, esses rumores não têm qualquer fundamento.»

Comentários

Anónimo disse…
Aqui esta um homem com sentido de estado, puro democrata.

Ele apercebeu-se que foi manipulado pelo governo da Fretilin e confirmou-o quando por fim relatou ao entao PR Xanana que ele proprio tinha dito ao Roque Rodrigues que "o maior erro deles foi o de tentar submeter as F-FDTL `a Fretilin".

Hoje Taur Matan Ruak esta mais atento as manipulacoes e por isso a total incapacidade da Fretilin em manipular as forcas armadas para servir os seus objetivos politicos.

Mas ele devia ir um passo mais alem e afastar-se, mesmo socialmente, um pouco mais do duo RR e Paula Pinto de modo a dar-lhes uma clara mensagem que jamais conseguirao lavar-lhe o cerebro.
Anónimo disse…
Tenho sérias dúvidas de que isso seja possível... um cérebro minado dificilmente inverte a marcha... seria passar um atestado de "incompetência" no mentor dessa mesma lavagem cerebral: Roque Rodrigues.

Eles andem aí...

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