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Wodside leva Estado timorense a tribunal


A Procuradoria Geral da República deu provimento à queixa da companhia petrolífera australiana contra o Estado timorense, tendo já enviado o caso para o tribunal de Díli para ser julgado. A Wodside Energy Ltd contesta o resultado da auditoria realizada por uma equipa mandatada pelo governo timorense em que se detectou o incumprimento de pagamento de uma taxa de cerca de 3 biliões de dólares por esta empresa petrolífera. O governo já contratou um advogado, de Nova Iorque, para defender o Estado timorense neste julgamento.

O Ministério Público é defensor do Estado, é advogado da República. Neste processo é defensor de uma companhia petrolífera estrangeira contra o Estado, contra a República e contra o Povo de quem deve representar e defender os seus direitos legítimos contra a ganância de uma empresa petrolífera riquíssima à custa da exploração de recursos minerais de um país pobre saído de uma recente ocupação estrangeira.

Esta mesma empresa teve, há cerca de um ano, a ousadia de mover as suas influências junto de certos políticos timorenses, levando o então Presidente da República Ramos Horta convocar um Conselho de Estado com um único ponto de agenda de trabalho – e com a presença do presidente de Wodside no Conselho de Estado – discutir a vantagem de processar o gás de Greater Sunrise numa plataforma flutuante ou canalizá-lo para Darwin, em detrimento de o pipeline ser puxado para território timorense (a fim proporcionar um rápido desenvolvimento e crescimento económico do país com o nascimento de uma indústria petrolífera nacional). O Primeiro-ministro Xanana e o Presidente do Parlamento La Sama não compareceram à dita reunião, adivinhando a casca de banana lançada por Horta.

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