Zimbabué: Mugabe acusa embaixador dos EUA ingerência e ameaça expulsá-lo do país
Harare, 25 Mai (Lusa) - O Presidente zimbabueano, Robert Mugabe, acusou hoje o embaixador dos Estados Unidos em Harare de se imiscuir nos assuntos internos do país e ameaçou expulsá-lo do Zimbabué.
No discurso em Harare que marcou o lançamento da campanha para a segunda volta das presidenciais, marcada para 27 de Junho, Mugabe acusou o diplomata norte-americano, James McGee, de ter ordenado ao dirigente do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai, que regressasse ao Zimbabué.
"Quando o embaixador norte-americano disse a Morgan que regressasse, ele voltou a correr", adiantou, Mugabe referindo-se ao regresso ao país do seu rival nas presidenciais, e vencedor da primeira volta de 29 de Março.
McGee foi chamado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Zimbabué depois de ter efectuado uma visita, no passado dia 13, a vítimas hospitalizadas de violência política pós-eleitoral.
Nessa altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros zimbabueano, Simbarashe Mumbengegwi, afirmou que se tratou "de um primeiro aviso ao embaixador norte-americano de que não será tolerada qualquer ingerência".
Hoje, Mugabe afirmou : "Ele diz que combateu no Vietname, mas combater no Vietname não lhe dá o direito de interferir nos nossos assuntos internos".
"Estou só à espera para ver se ele dá mais um passo em falso. Ele sairá" do Zimbabué disse o Presidente.
"Se continuar a agir desta forma, expulso-o", ameaçou.
De acordo com as convenções e protocolos estabelecidos os diplomatas podem ser expulsos se interferirem nos assuntos internos do país onde estão colocados.
James McGee, nomeado embaixador no Zimbabué em 2007, ao mesmo tempo que outros diplomatas ocidentais, provocou a ira de Mugabe quando visitou, com outros diplomatas ocidentais, vítimas da violência nos subúrbios da capital, sem ter previamente informado as autoridades.
O incidente registou-se quando a polícia exigiu que os diplomatas - britânico, norte-americano, japonês, holandês, da Tanzânia e da União Europeia - exibissem uma autorização para visitar hospitais e um alegado campo de tortura.
O embaixador norte-americano James McGee insistiu em prosseguir caminho, o que conseguiu após uma hora, mas sob escolta policial.
MV.
Lusa/Fim
(Notícias Sapo.pt)
Harare, 25 Mai (Lusa) - O Presidente zimbabueano, Robert Mugabe, acusou hoje o embaixador dos Estados Unidos em Harare de se imiscuir nos assuntos internos do país e ameaçou expulsá-lo do Zimbabué.
No discurso em Harare que marcou o lançamento da campanha para a segunda volta das presidenciais, marcada para 27 de Junho, Mugabe acusou o diplomata norte-americano, James McGee, de ter ordenado ao dirigente do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai, que regressasse ao Zimbabué.
"Quando o embaixador norte-americano disse a Morgan que regressasse, ele voltou a correr", adiantou, Mugabe referindo-se ao regresso ao país do seu rival nas presidenciais, e vencedor da primeira volta de 29 de Março.
McGee foi chamado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Zimbabué depois de ter efectuado uma visita, no passado dia 13, a vítimas hospitalizadas de violência política pós-eleitoral.
Nessa altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros zimbabueano, Simbarashe Mumbengegwi, afirmou que se tratou "de um primeiro aviso ao embaixador norte-americano de que não será tolerada qualquer ingerência".
Hoje, Mugabe afirmou : "Ele diz que combateu no Vietname, mas combater no Vietname não lhe dá o direito de interferir nos nossos assuntos internos".
"Estou só à espera para ver se ele dá mais um passo em falso. Ele sairá" do Zimbabué disse o Presidente.
"Se continuar a agir desta forma, expulso-o", ameaçou.
De acordo com as convenções e protocolos estabelecidos os diplomatas podem ser expulsos se interferirem nos assuntos internos do país onde estão colocados.
James McGee, nomeado embaixador no Zimbabué em 2007, ao mesmo tempo que outros diplomatas ocidentais, provocou a ira de Mugabe quando visitou, com outros diplomatas ocidentais, vítimas da violência nos subúrbios da capital, sem ter previamente informado as autoridades.
O incidente registou-se quando a polícia exigiu que os diplomatas - britânico, norte-americano, japonês, holandês, da Tanzânia e da União Europeia - exibissem uma autorização para visitar hospitais e um alegado campo de tortura.
O embaixador norte-americano James McGee insistiu em prosseguir caminho, o que conseguiu após uma hora, mas sob escolta policial.
MV.
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