O desejo de partilha de vivências e memórias dos tempos de Timor vai juntar nos próximos dias 31 de Maio e 01 de Junho, em Coimbra, cerca de milhar e meio de antigos militares e famílias.
Reúnem-se anualmente em pontos diversos do país e agora, após nove anos, regressam a Coimbra para confraternizar e cumprir o XXXIX Encontro dos Expedicionários a Timor.
É um encontro onde «não há política», nem propriamente análises do que hoje é Timor-Leste, mas as comparações são inevitáveis com aquele território em que viveram nos anos 60 e, alguns, até 1974 a servir o exército português, juntos na altura na única «família» que tinham aí, e que agora revivem nestes convívios.
«Os timorenses eram pessoas de uma bondade extrema e surpreende que haja timorenses que atentem contra a vida do Presidente da República», observou à agência Lusa António Quitério, um dos organizadores do encontro, e que no período de 1968-70 em Timor foi especialista em comunicações no exército português.
Nestes encontros «quase sempre há um que surge de novo, e é uma grande alegria», referiu, recordando um caso concreto que se passou consigo, de ter reencontrado ao fim de décadas o sargento da sua companhia.
Das memórias mais fortes que tem de Timor é essa ideia de família no grupo dos militares e as belezas naturais daquele território - «um jardim todo o ano».
No início eram «encontros de meia dúzia, que foram engrossando», recorda António Quitério, salientando que há nove anos, última vez que se realizou em Coimbra, compareceram cerca de 2.000 pessoas. É também quando se realiza naquela cidade, na do Porto e na de Santarém que se registam maiores adesões de antigos militares, esposas, filhos e até netos.
Fernando Lopes, que foi militar em Timor de 1967 a 1969, recorda desse tempo «as viagens horríveis» de barco, que duravam um mês, e em que eles comiam de prato na mão e dormiam no porão.
O XXXIX Encontro dos Expedicionários a Timor vai decorrer na Escola Agrária de Coimbra.
A recepção dos participantes está prevista para o princípio da tarde de dia 31 de Maio, seguindo-se uma visita turística à cidade, mais para os familiares, a anteceder um jantar e um convívio com fado de Coimbra.
No domingo, dia 01 de Junho, pelas 09:00 haverá a Alvorada, a que se segue o Içar da Bandeira e uma missa. Ainda antes do almoço, os participantes são brindados com danças e cantares timorenses, por um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra.
Diário Digital / Lusa, 15-05-2008
Reúnem-se anualmente em pontos diversos do país e agora, após nove anos, regressam a Coimbra para confraternizar e cumprir o XXXIX Encontro dos Expedicionários a Timor.
É um encontro onde «não há política», nem propriamente análises do que hoje é Timor-Leste, mas as comparações são inevitáveis com aquele território em que viveram nos anos 60 e, alguns, até 1974 a servir o exército português, juntos na altura na única «família» que tinham aí, e que agora revivem nestes convívios.
«Os timorenses eram pessoas de uma bondade extrema e surpreende que haja timorenses que atentem contra a vida do Presidente da República», observou à agência Lusa António Quitério, um dos organizadores do encontro, e que no período de 1968-70 em Timor foi especialista em comunicações no exército português.
Nestes encontros «quase sempre há um que surge de novo, e é uma grande alegria», referiu, recordando um caso concreto que se passou consigo, de ter reencontrado ao fim de décadas o sargento da sua companhia.
Das memórias mais fortes que tem de Timor é essa ideia de família no grupo dos militares e as belezas naturais daquele território - «um jardim todo o ano».
No início eram «encontros de meia dúzia, que foram engrossando», recorda António Quitério, salientando que há nove anos, última vez que se realizou em Coimbra, compareceram cerca de 2.000 pessoas. É também quando se realiza naquela cidade, na do Porto e na de Santarém que se registam maiores adesões de antigos militares, esposas, filhos e até netos.
Fernando Lopes, que foi militar em Timor de 1967 a 1969, recorda desse tempo «as viagens horríveis» de barco, que duravam um mês, e em que eles comiam de prato na mão e dormiam no porão.
O XXXIX Encontro dos Expedicionários a Timor vai decorrer na Escola Agrária de Coimbra.
A recepção dos participantes está prevista para o princípio da tarde de dia 31 de Maio, seguindo-se uma visita turística à cidade, mais para os familiares, a anteceder um jantar e um convívio com fado de Coimbra.
No domingo, dia 01 de Junho, pelas 09:00 haverá a Alvorada, a que se segue o Içar da Bandeira e uma missa. Ainda antes do almoço, os participantes são brindados com danças e cantares timorenses, por um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra.
Diário Digital / Lusa, 15-05-2008
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