O pedido da ONU para o adiamento da segunda volta das eleições presidenciais já foi rejeitado. O líder da oposição continua refugiado na Embaixada holandesa.
A ONU considera haver demasiada violência para que as eleições possam prosseguir
O embaixador do Zimbabué junto das Nações Unidas (ONU) rejeitou hoje o pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o adiamento da segunda volta das presidenciais, previstas para sexta-feira, apesar da desistência do candidato da oposição.
"Não vejo porque motivo ele (Ban Ki-moon) chegou a essa conclusão", afirmou o embaixador Boniface Chidyausiku, entrevistado pela rádio pública sul-africana SAFM.
"Na qualidade de chefe da diplomacia da ONU faria melhor se entrasse em contacto com o povo, o governo e os actores (neste processo) no Zimbabué ", adiantou. "Mas utilizar a tribuna de Nova Iorque para pedir um adiamento da segunda volta é absurdo", defendeu.
O dirigente da oposição do Zimbabué, Morgan Tsvangirai, anunciou hoje a uma rádio pretender abandonar "provavelmente hoje ou amanhã (quarta-feira)" a Embaixada holandesa em Harare, onde se refugiou domingo.
Ban Ki-moon considerou ontem à noite haver demasiada violência e intimidação no Zimbabué para poderem ser realizadas eleições legítimas.
"Desaconselho as autoridades a que prossigam com a realização da segunda volta das eleições, sexta-feira, pois só aprofundaria a divisão do país e produziria resultados sem credibilidade", disse.
Num encontro com a imprensa antes da reunião do Conselho de Segurança, o máximo responsável da ONU assegurou que a sua opinião é partilhada pelos presidentes africanos com quem contactou nos últimos dois dias.
Por isso, considerou "compreensível" a decisão anunciada domingo pelo líder da oposição, Morgan Tsvangirai, de não disputar a segunda volta eleitoral, a 27 de Junho, em que o presidente do país, Robert Mugabe, procurará a reeleição.
O secretário-geral exigiu o fim da "violência e a intimidação" porque "o povo zimbabueano tem o direito de viver em paz e em segurança, gozar da protecção da lei e votar em liberdade e equidade aqueles que os têm de liderar".
A situação no Zimbabué "tem implicações para além das suas fronteiras e significa o maior desafio à estabilidade dessa região do Sul de África", destacou.
EXPRESSO Online, 24-06-2008
A ONU considera haver demasiada violência para que as eleições possam prosseguir
O embaixador do Zimbabué junto das Nações Unidas (ONU) rejeitou hoje o pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o adiamento da segunda volta das presidenciais, previstas para sexta-feira, apesar da desistência do candidato da oposição.
"Não vejo porque motivo ele (Ban Ki-moon) chegou a essa conclusão", afirmou o embaixador Boniface Chidyausiku, entrevistado pela rádio pública sul-africana SAFM.
"Na qualidade de chefe da diplomacia da ONU faria melhor se entrasse em contacto com o povo, o governo e os actores (neste processo) no Zimbabué ", adiantou. "Mas utilizar a tribuna de Nova Iorque para pedir um adiamento da segunda volta é absurdo", defendeu.
O dirigente da oposição do Zimbabué, Morgan Tsvangirai, anunciou hoje a uma rádio pretender abandonar "provavelmente hoje ou amanhã (quarta-feira)" a Embaixada holandesa em Harare, onde se refugiou domingo.
Ban Ki-moon considerou ontem à noite haver demasiada violência e intimidação no Zimbabué para poderem ser realizadas eleições legítimas.
"Desaconselho as autoridades a que prossigam com a realização da segunda volta das eleições, sexta-feira, pois só aprofundaria a divisão do país e produziria resultados sem credibilidade", disse.
Num encontro com a imprensa antes da reunião do Conselho de Segurança, o máximo responsável da ONU assegurou que a sua opinião é partilhada pelos presidentes africanos com quem contactou nos últimos dois dias.
Por isso, considerou "compreensível" a decisão anunciada domingo pelo líder da oposição, Morgan Tsvangirai, de não disputar a segunda volta eleitoral, a 27 de Junho, em que o presidente do país, Robert Mugabe, procurará a reeleição.
O secretário-geral exigiu o fim da "violência e a intimidação" porque "o povo zimbabueano tem o direito de viver em paz e em segurança, gozar da protecção da lei e votar em liberdade e equidade aqueles que os têm de liderar".
A situação no Zimbabué "tem implicações para além das suas fronteiras e significa o maior desafio à estabilidade dessa região do Sul de África", destacou.
EXPRESSO Online, 24-06-2008
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