Dei uma espreitadela no blogue Timor Lorosae Nação e deparei com este texto de Maria na caixa de comentário da postagem PAZ PODRE, NAÇÃO DORMENTE, da autoria de Klaudio Berek, e achei importante transcrevê-lo para partilhar com os meus leitores a fim de melhor ajudar a perceber o ponto de vista dos apoiantes de Xanana (e detractores de Mari Alkatiri). Leiam e que cada um tire as suas conclusões.
Maria disse:
Sobre a pseudo análise do Kláudio Berek:
Digo 'pseudo' porque não deriva de factos reais, no terreno, assenta antes num raciocínio totalmente ‘bloguista’, sem compreender o que é política, o que é poder, o que é governo e, sobretudo, o que é edificar um Estado pós-conflito que, durante 24 anos, esteve mergulhado num mar de sangue.
Os seus comentários infelizes persistem num dogma alkatirista, direi até, vergonhoso.
Factos
A crise em Timor-Leste aconteceu porque Alkatiri sempre sonhou em governar, pelo menos, durante 50 anos. Uma estimativa conservadora, claro, pois queria antes dizer 'para sempre'. Quando Alkatiri emitiu este postulado, da inevitabilidade do controlo do poder na nação timorense, fê-lo ignorando todos os parâmetros culturais e históricos de um povo que evoluiu através de séculos de compromissos, de humildade e de firmeza, de lutas e de cedências, mas sem nunca permitir que o poder que a todos pertence caísse nas mãos de quem não seja de direito - como foi o caso de Alkatiri ter tomado o Poder dos Timorenses, em Timor.
Alkatiri, devido à sua ignorância cega, insultou tudo e todos, desde os estudantes e formados 'supermis' da Indonésia, até à Igreja e Ramos-Horta.
Recorde-se que, quando Ramos-Horta assumiu o cargo de Primeiro Ministro, Alkatiri tudo fez para o denegrir, instruiu todos os seus camaradas para boicotarem o governo de Ramos-Horta mas, não se ficou por aí: obrigou o PM Ramos-Horta a assinar uma declaração comprometendo-se a não inaugurar qualquer obra que tivesse sido feita ou começada por Alkatiri.
Vergonhoso!
Mas, o feitiço virou-se contra o feiticeiro quando Alkatiri, de joelhos em frente do Presidente Ramos-Horta, lhe pediu para conceder um indulto de mais de três anos ao Rogério Lobato, para Rogério sair da prisão e libertar, assim, Alkatiri de ir parar à prisão de Becora.
Alkatiri é o autor da crise de 2006, sim, mas esta crise foi iniciada no momento em que pôs os pés em Timor.
Alienou tudo e todos, armando-se em jurista de meia-tijela, supermi da universidade Eduardo Mondlane, começando, desde logo, a desafiar tudo e todos. Até os peritos em Direito, com vários anos de experiência (professores catedráticos mas que emitiam opiniões que não lhe agradavam) Alkatiri considerava-os todos estúpidos. Ora, até podia ser que fossem, mas os Timorenses não o são.
Quando o Procurador da Guiné-Bissau, o lisboeta Emiliano, emitiu a sua opinião de que Alkatiri era um santo - não tinha feito mal nenhum, não tinha distribuído armas, nem sequer tinha pecado por omissão - Alkatiri deu um tiro no próprio pé, exigindo que a Igreja Timorense lhe pedisse perdão !!!
Quanta insensatez política, quanta falta de sensibilidade cultural, política e até pessoal!
Um homem que perde a dimensão da sua pequenez com tamanha insanidade, não deve liderar, nem sequer uma taberna, numa qualquer esquina de Lisboa.
Alkatiri fez de tudo para queimar Rogério Lobato. O Congresso ‘fantoche’ da Fretilin, de 20 de Maio de 2006, foi efectuado como se Díli estivesse em guerra. Alkatiri mandou colocar contentores em todas as esquinas, barrar estradas, criou um ambiente tão aterrador que nem Bin Laden seria capaz de tanta criatividade. Ambos são do Yemen, mas Alkatiri conseguiu ainda ultrapassar Bin Laden, em termos de criatividade violenta.
Durante o Congresso, já havia carros circulando com armas, para ameaçar o oponente José Luis Guterres (Lugo). Sem a mínima vergonha, Alkatiri forçou a votação de ‘braço-no-ar’! Conseguiu esse objectivo e até chegou ao cúmulo de mandar filmar os ‘braços-no-ar’! Na contagem de votos, até as cadeiras vazias chegaram a ser contadas como votos a favor de Alkatiri... Já publicamente, demasiado embaraçado, Alkatiri sobe ao palco para dizer que 'está pronto (mais uma vez está pronto!...) para aceitar votos secretos. Estas suas ‘brincadeiras’ políticas, minaram o ambiente político do seu próprio partido em toda a cidade de Díli, alastrando a todo o país.
Se Xanana Gusmão o forçou a sair, como dizem as margaridas, então, parabéns Xanana Gusmão! Xanana, uma vez mais, libertou o Povo de Timor das masmorras de um ditador, que sempre se considerou um ‘Leão de Timor’.
Alkatiri sempre colocou os seus espiões a espiar Xanana, a espiar Lu-Olo, a espiar Rogério, a espiar os ministros. Chegou até a enviar Roque Rodrigues à reunião de Armindo Maia, seu ministro da Educação, com os Bispos, só para espiar o que Armindo Maia diria nessa reunião. E Roque regressou a casa de Alkatiri e transmitiu ao “chefe”, palavra por palavra, tudo o que o ministro, do próprio Alkatiri, com o pelouro da Educação, discutiu com os Bispos.
Grande ditador que sempre desvalorizou os timorenses, sempre ofendeu os jovens timorenses, sempre menosprezou a cultura e autoridades tradicionais timorenses e, ao contrário, sempre quis o poder que pertencia e pertence a todos eles, não a Alkatiri.
O camarada Berek tentou aqui projectar-se como perito em edificações de Estados em situações pós-conflito mas, acabou por se perder nas suas próprias divagações, sem eira nem beira!
7 de Junho de 2008 1:34
http://www.timorlorosaenacao.blogspot.com
Maria disse:
Sobre a pseudo análise do Kláudio Berek:
Digo 'pseudo' porque não deriva de factos reais, no terreno, assenta antes num raciocínio totalmente ‘bloguista’, sem compreender o que é política, o que é poder, o que é governo e, sobretudo, o que é edificar um Estado pós-conflito que, durante 24 anos, esteve mergulhado num mar de sangue.
Os seus comentários infelizes persistem num dogma alkatirista, direi até, vergonhoso.
Factos
A crise em Timor-Leste aconteceu porque Alkatiri sempre sonhou em governar, pelo menos, durante 50 anos. Uma estimativa conservadora, claro, pois queria antes dizer 'para sempre'. Quando Alkatiri emitiu este postulado, da inevitabilidade do controlo do poder na nação timorense, fê-lo ignorando todos os parâmetros culturais e históricos de um povo que evoluiu através de séculos de compromissos, de humildade e de firmeza, de lutas e de cedências, mas sem nunca permitir que o poder que a todos pertence caísse nas mãos de quem não seja de direito - como foi o caso de Alkatiri ter tomado o Poder dos Timorenses, em Timor.
Alkatiri, devido à sua ignorância cega, insultou tudo e todos, desde os estudantes e formados 'supermis' da Indonésia, até à Igreja e Ramos-Horta.
Recorde-se que, quando Ramos-Horta assumiu o cargo de Primeiro Ministro, Alkatiri tudo fez para o denegrir, instruiu todos os seus camaradas para boicotarem o governo de Ramos-Horta mas, não se ficou por aí: obrigou o PM Ramos-Horta a assinar uma declaração comprometendo-se a não inaugurar qualquer obra que tivesse sido feita ou começada por Alkatiri.
Vergonhoso!
Mas, o feitiço virou-se contra o feiticeiro quando Alkatiri, de joelhos em frente do Presidente Ramos-Horta, lhe pediu para conceder um indulto de mais de três anos ao Rogério Lobato, para Rogério sair da prisão e libertar, assim, Alkatiri de ir parar à prisão de Becora.
Alkatiri é o autor da crise de 2006, sim, mas esta crise foi iniciada no momento em que pôs os pés em Timor.
Alienou tudo e todos, armando-se em jurista de meia-tijela, supermi da universidade Eduardo Mondlane, começando, desde logo, a desafiar tudo e todos. Até os peritos em Direito, com vários anos de experiência (professores catedráticos mas que emitiam opiniões que não lhe agradavam) Alkatiri considerava-os todos estúpidos. Ora, até podia ser que fossem, mas os Timorenses não o são.
Quando o Procurador da Guiné-Bissau, o lisboeta Emiliano, emitiu a sua opinião de que Alkatiri era um santo - não tinha feito mal nenhum, não tinha distribuído armas, nem sequer tinha pecado por omissão - Alkatiri deu um tiro no próprio pé, exigindo que a Igreja Timorense lhe pedisse perdão !!!
Quanta insensatez política, quanta falta de sensibilidade cultural, política e até pessoal!
Um homem que perde a dimensão da sua pequenez com tamanha insanidade, não deve liderar, nem sequer uma taberna, numa qualquer esquina de Lisboa.
Alkatiri fez de tudo para queimar Rogério Lobato. O Congresso ‘fantoche’ da Fretilin, de 20 de Maio de 2006, foi efectuado como se Díli estivesse em guerra. Alkatiri mandou colocar contentores em todas as esquinas, barrar estradas, criou um ambiente tão aterrador que nem Bin Laden seria capaz de tanta criatividade. Ambos são do Yemen, mas Alkatiri conseguiu ainda ultrapassar Bin Laden, em termos de criatividade violenta.
Durante o Congresso, já havia carros circulando com armas, para ameaçar o oponente José Luis Guterres (Lugo). Sem a mínima vergonha, Alkatiri forçou a votação de ‘braço-no-ar’! Conseguiu esse objectivo e até chegou ao cúmulo de mandar filmar os ‘braços-no-ar’! Na contagem de votos, até as cadeiras vazias chegaram a ser contadas como votos a favor de Alkatiri... Já publicamente, demasiado embaraçado, Alkatiri sobe ao palco para dizer que 'está pronto (mais uma vez está pronto!...) para aceitar votos secretos. Estas suas ‘brincadeiras’ políticas, minaram o ambiente político do seu próprio partido em toda a cidade de Díli, alastrando a todo o país.
Se Xanana Gusmão o forçou a sair, como dizem as margaridas, então, parabéns Xanana Gusmão! Xanana, uma vez mais, libertou o Povo de Timor das masmorras de um ditador, que sempre se considerou um ‘Leão de Timor’.
Alkatiri sempre colocou os seus espiões a espiar Xanana, a espiar Lu-Olo, a espiar Rogério, a espiar os ministros. Chegou até a enviar Roque Rodrigues à reunião de Armindo Maia, seu ministro da Educação, com os Bispos, só para espiar o que Armindo Maia diria nessa reunião. E Roque regressou a casa de Alkatiri e transmitiu ao “chefe”, palavra por palavra, tudo o que o ministro, do próprio Alkatiri, com o pelouro da Educação, discutiu com os Bispos.
Grande ditador que sempre desvalorizou os timorenses, sempre ofendeu os jovens timorenses, sempre menosprezou a cultura e autoridades tradicionais timorenses e, ao contrário, sempre quis o poder que pertencia e pertence a todos eles, não a Alkatiri.
O camarada Berek tentou aqui projectar-se como perito em edificações de Estados em situações pós-conflito mas, acabou por se perder nas suas próprias divagações, sem eira nem beira!
7 de Junho de 2008 1:34
http://www.timorlorosaenacao.blogspot.com
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