Lisboa, 03/06 - O líder da FRETILIN afirmou segunda-feira que a necessidade de Timor-Leste ter um presidente "digno e credível" exige que a política de indultos seguida por José Ramos-Horta seja acompanhada para evitar "maus precedentes" e não criticada.
O presidente timorense "dá uma contribuição dentro da sua generosidade mas decisões desta natureza são sujeitas a críticas de uns e ao apoio de outros", afirmou hoje Mari Alkatiri, à margem da conferência "Timor no Caminho do Futuro", promovida pela Comissão Asiática da Sociedade de Geografia e pelo Instituto Luso-Árabe para a Cooperação.
"Aceito o que fez [Ramos Horta] com a preocupação de pôr fim a este conflito que temos vivido há anos e particularmente desde 2006. Em momentos como este precisamos de um presidente digno e credível. É melhor não discutirmos e contribuirmos para que não se torne num mau precedente", adiantou.
O indulto presidencial de 20 de Maio abrangeu 94 presos, entre eles o ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, condenado pela distribuição de armas a civis durante a crise de 2006.
Foram ainda indultados com redução de metade da pena quatro timorenses, incluindo Joni Marques, que pertenciam, em 1999, à milícia Team Alpha, de Lospalos (leste), acusados e condenados por um tribunal timorense por crimes contra a humanidade.
Entre os maiores críticos à decisão presidencial está o Partido Unidade Nacional (PUN), que qualifica de inconstitucional o processo.
Acabado de regressar de Angola, Alkatiri afirmou ainda que recebeu "muito apoio" do presidente angolano José Eduardo dos Santos mas também manifestações de "muita preocupação".
"A mensagem" trazida da audiência de sexta-feira em Luanda, adiantou, "é a necessidade de procurar soluções da via pacífica e diálogo".
"Foi uma visita muito positiva. Foi a primeira vez, era uma dívida que tinha para com o povo e presidente de Angola, um dos países que sempre esteve ao lado de Timor-Leste", adiantou Alkatiri.
Questionado sobre um eventual apoio do MPLA à FRETILIN nas próximas eleições, o líder timorense afirmou contar com o apoio do maior partido angolano "mas também de todos os outros".
Nas próximas eleições, sentenciou, "a maioria absoluta é o mínimo" que a FRETILIN pretende.
AngolaPress, 3-06-2008
O presidente timorense "dá uma contribuição dentro da sua generosidade mas decisões desta natureza são sujeitas a críticas de uns e ao apoio de outros", afirmou hoje Mari Alkatiri, à margem da conferência "Timor no Caminho do Futuro", promovida pela Comissão Asiática da Sociedade de Geografia e pelo Instituto Luso-Árabe para a Cooperação.
"Aceito o que fez [Ramos Horta] com a preocupação de pôr fim a este conflito que temos vivido há anos e particularmente desde 2006. Em momentos como este precisamos de um presidente digno e credível. É melhor não discutirmos e contribuirmos para que não se torne num mau precedente", adiantou.
O indulto presidencial de 20 de Maio abrangeu 94 presos, entre eles o ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, condenado pela distribuição de armas a civis durante a crise de 2006.
Foram ainda indultados com redução de metade da pena quatro timorenses, incluindo Joni Marques, que pertenciam, em 1999, à milícia Team Alpha, de Lospalos (leste), acusados e condenados por um tribunal timorense por crimes contra a humanidade.
Entre os maiores críticos à decisão presidencial está o Partido Unidade Nacional (PUN), que qualifica de inconstitucional o processo.
Acabado de regressar de Angola, Alkatiri afirmou ainda que recebeu "muito apoio" do presidente angolano José Eduardo dos Santos mas também manifestações de "muita preocupação".
"A mensagem" trazida da audiência de sexta-feira em Luanda, adiantou, "é a necessidade de procurar soluções da via pacífica e diálogo".
"Foi uma visita muito positiva. Foi a primeira vez, era uma dívida que tinha para com o povo e presidente de Angola, um dos países que sempre esteve ao lado de Timor-Leste", adiantou Alkatiri.
Questionado sobre um eventual apoio do MPLA à FRETILIN nas próximas eleições, o líder timorense afirmou contar com o apoio do maior partido angolano "mas também de todos os outros".
Nas próximas eleições, sentenciou, "a maioria absoluta é o mínimo" que a FRETILIN pretende.
AngolaPress, 3-06-2008
Comentários