Timor-Leste "recebe" mais fugitivos do grupo de Gastão Salsinha
Mais quatro elementos do grupo do ex-tenente Gastão Salsinha entregaram-se às autoridades timorenses nas últimas 48 horas. Os últimos a entregar-se foram o guarda-costas de Gastão Salsinha e o homem que deu armas a Alfredo Reinado em Fevereiro de 2007.
A operação “Halibur” continua a provocar baixas entre o grupo de Gastão Salsinha e mais quatro elementos ligados ao ex-tenente das forças armadas timorenses entregaram-se nas últimas 48 horas.
O guarda-costas de Gastão Salsinha, Januário Babo, e Quintino Espírito Santo, o homem que deu armas a Alfredo Reinado em Fevereiro de 2007, renderam-se às autoridades timorenses segundo anunciou o comando conjunto da operação "Halibur" em Timor-Leste.
O inspector Mateus Fernandes da Polícia Nacional de Timor-Leste, segundo comandante da operação "Halibur", anunciou ainda que três dos homens que se renderam foram apresentados no quartel-general do comando conjunto, em Díli, estando o quarto elemento a caminho da capital timorense.
À parte destas rendições a operação "Halibur" entrou agora numa fase de perseguição directa a Gastão Salsinha, com autorização para disparar se necessário e com o início de buscas sistemáticas a residências particulares nas áreas montanhosas onde os fugitivos se movimentam.
Recorde-se que Gastão Salsinha é acusado de ter participado no ataque contra o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, a 11 de Fevereiro último, pouco depois de o major Alfredo Reinado ter atacado a residência do Presidente da República, José Ramos-Horta.
Januário Babo e Quintino Espírito Santo renderam-se na passada segunda-feira, no distrito de Ermera, "com a ajuda preciosa do pároco da paróquia de Letefoho", esclareceu Mateus Fernandes.
Recorde-se que o próprio Gastão Salsinha já prometeu por várias vezes às autoridades timorenses entregar-se, tendo mesmo avançado com locais e dias, mas até ao momento nunca nenhuma dessas promessas foi concretizada. Foi mesmo essa atitude de Gastão Salsinha que levou a que fosse dada ordem para disparar, caso necessário, na fase de perseguição directa a Salsinha que se iniciou com o início de buscas sistemáticas a residências particulares nas áreas montanhosas onde os fugitivos se movimentam.
António Dasiparu, EPA
RTP2, 08-04-09 11:40:36
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