Fez ontem (17/04/2008) o 9º aniversário do massacre de cerca de mais de uma dezena de timorenses refugiados na casa de Manuel Carrascalão perpretado pelas milícias Aitarak, grupo paramilitar pró-Indonésia que defendia uma "autonomia no seio da 'mãe' Indonésia" liderado por Eurico Guterres (recentemente absolvido!! pelo Supremo Tribunal indonésio pelos assassínios de timorenses de Abril a Setembro de 1999).
De entre as mortes, encontrava-se também o filho de Manuel Carrascalão, Manelito.
Registei no meu diário este facto hediondo praticado por timorenses a soldo dos ocupantes contra outros timorenses desarmados e indefesos. A passagem referente a este triste acontecimento transcrevi-a no dia 2/4 para este blogue:
«22:33 30-04-1999
Nestes últimos dias/semanas, desde o dia 5/Abril, tem crescido tensão política em Timor, sobretudo Díli e outras vilas a oeste; houve massacres e assassinatos perpretados pelas milícias e paramilitares pró-Indonésia, armadas e treinadas pelas suas forças armadas. Nessa embriaguez de sangue, foi assassinado o filho de Manuel Carrascalão; Carrascalão e família e mais outros refugiaram-se primeiramente no Paço Episcopal, mais tarde por questões de segurança - pois os milicianos ameaçaram atacar o próprio Paço - resolveram colocar-se sob a custódia da própria polícia indonésia; entretanto, já foram evacuados para Jacarta por iniciativa da diplomata Ana Gomes.»
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