Entrevista à Renascença
O Presidente de Timor-Leste denunciou falhas graves na segurança antes, durante e depois dos atentados de 11 de Fevereiro em Díli, numa entrevista divulgada hoje pela rádio Renascença. Ramos-Horta responsabilizou a polícia da ONU, militares australianos e neozelandeses e a sua própria segurança pela fuga dos atacantes.
O Presidente de Timor-Leste denunciou falhas graves na segurança antes, durante e depois dos atentados de 11 de Fevereiro em Díli, numa entrevista divulgada hoje pela rádio Renascença. Ramos-Horta responsabilizou a polícia da ONU, militares australianos e neozelandeses e a sua própria segurança pela fuga dos atacantes.
“Se tivessem agido como militares verdadeiramente profissionais, ninguém tinha escapado”, disse Ramos-Horta.
Actualmente está a decorrer em Timor-Leste um processo sobre a actuação das forças de segurança. “Aguardo o relatório do Procurador-Geral da República. Depois de o analisar e se estiver satisfeito com as conclusões, muito bem. Se não, exigirei uma nova investigação”, comentou.
Ramos-Horta salientou que o mais importante é encontrar os motivos dos ataques. “Porque o fizeram? Quem está por trás deles? Quem os manipulou e envenenou? Quem tinha interesse em continuar a desestabilizar o país? É isto que tem de ser averiguado”.
O Presidente timorense revelou à Renascença que já foi contactado pelos revoltosos foragidos, actualmente menos de 30. Gastão Salsinha escreveu-lhe uma carta, na qual disse que apenas se entregaria a ele. Muitos dos revoltosos ficaram chocados com os atentados e quando foram chamados a Díli pelo Major Reinado “nunca esperaram que era para me matar”.
Público, 27/03/2008
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