Ao finalizar o seu discurso na efeméride do 32º aniversário da morte de Nicolau Lobato, 31/12, no Palácio Presidencial, Lu Olo, presidente da Fretilin, fez uma uma declaração histórica - que a cumprir-se será um passo gigante, pela positiva, na política timorense - ao afirmar renunciar "a violência como instrumento de conquista de poder", prevalecendo só e apenas a vontade do povo livremente expressa nas urnas. E para reforçar este novo princípio o partido instituiu a década de 2010-2020 a "década da Paz, Estabilidade e do arranque para o Desenvolvimento". Os timorenses louvam esta nova postura política da Fretilin, ao renunciar, com esta declaração, a tão apregoada e sempre adiada "Marcha de Paz". As próximas eleições de 2012 (presidenciais e legislativas) bem precisam de paz política para que se realizem num ambiente de festa da democracia sem causar desassossego na população, nem provocar mais fracturas 'tribais', nem mais originar perdas de vida humana como no passado.
Passo a transcrever a passagem histórica do discurso do presidente da Fretilin, Lu-Olo:
«Com esta data fechamos as portas ao ano 2010. Dentro de poucas horas estaremos em 2011. No ano passado, nesse mesmo dia, a Fretilin, através do seu SG lançou o desafio de todos nos juntarmos para fazermos da década 2010/2020 década da Paz, Estabilidade e do arranque para o desenvolvimento. Reiteramos hoje este mesmo apelo sob o olhar silencioso de Nicolau Lobato. Nós, a Fretilin, rejeitamos a violência como instrumento para a conquista do poder. Já o demonstramos na prática. Para nós 2011 será um ano de crucial importância para a afirmação deste princípio de rejeição da violência e do respeito pela vontade do povo expresso livremente nas urnas. Por isso lançamos o desafio de todos fazermos de 2011 o ano de criação de confiança entre todos os timorenses, ano da consolidação da democracia e do Estado do Direito. Da nossa parte tudo faremos para contribuirmos neste sentido.»
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