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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2009

Reintrodução de língua portuguesa: uma coincidência... feliz!

«A intenção de Timor, a partir de Janeiro, é [abrir] mais quatro escolas portuguesas distribuídas pelos distritos. As escolas seriam suportadas pelo orçamento de Estado de Timor, assim como [os encargos com os] professores portugueses contratados cá em Portugal para Timor serão [também] suportados pelo OE de Timor, com a excepção da gestão, [em que] o governo timorense demonstra algum interesse em que a gestão seja feita [assegurada] pela parte portuguesa.» Embaixadora Natália Carrascalão na entrevista à Rádio Renascença (RR), 24/09/2009 ( http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=72029 ) Há um ano, escrevi, neste blogue, um artigo de opinião - publicado a 1/04/2008 e republicado a 5/07/2008 - sobre o ensino sustentável de língua portuguesa em Timor, após a proibição do seu uso no ensino e na administração pelo ocupante indonésio (1975 a 1999). Um ano depois, felizmente, o Estado timorense encontrou o mesmo caminho para o ensino e reintrodução de língua portuguesa em Timo

Moção de censura da Fretilin ao Governo discutida e votada na próxima semana

Vai ser agendada, possivelmente, para a semana a discussão e votação da moção de censura da Fretilin ao Governo, subscrita também pela coligação Aliança Democrática-KOTA/PPT (de Manuel Tilman e Jacob Xavier). Mas vai ser um esforço inglório para Mari Alkatiri, porque a moção não vai passar no Parlamento. Para passar é necessária uma maioria absoluta, isto é, são necessários 33 votos para conseguir passar a moção de censura: coisa impossível para Alkatiri. Ora façamos as contas: somando 21 deputados da Fretilin com 2 de AD-KOTA/PPT (subscritores da moção) mais 3 deputados do PUN da Fernanda Borges dá 26 no total. Não dá, camaradas! Só se, por absurdo, ou por ambição, ou por uma agenda qualquer a nós desconhecida, o líder de um dos partidos da coligação governamental que não o CNRT - porque o do CNRT é o próprio Xanana - der instruções aos seus deputados para votarem a favor. Aí sim, poderão ter a maioria absoluta necessária de 33 votos. Um parêntesis: já há quem se mexa, demarcando-se d

Caso Bere: Horta chantageou Xanana

Ramos Horta chantageou Xanana para mandar soltar o criminoso de guerra Martenus Bere, líder da milícia pró-autonomia que cometeu uma das maiores atrocidades em Timor, massacrando centenas de timorenses refugiados na Igreja de Suai na sequência da divulgação dos resultados do Referendo de 30/8/1999 - favoráveis à independência - pensando que estariam seguros, que os seus assassinos não se atreveriam a profanar um templo religioso. O Presidente Horta queria a viva força mandar soltar nas comemorações de 30 de Agosto o criminoso Martenus Bere, como sinal de amizade e boa vontade à Indonésia, mas encontrou oposição do Primeiro-ministro Xanana. Para levar avante tal medida, Ramos Horta impôs a Xanana a soltura de Bere: libertá-lo sem demora, ou Horta - enquanto Presidente da República - não iria presidir às cerimónias da comemoração do 10º aniversário do Referendo, deixando mal Xanana e o seu governo perante os convidados internacionais. E para ter a certeza absoluta que a sua vontade de so

Alkatiri vota a favor da revogação do impedimento a PR Horta

Mari Alkatiri deu instruções aos deputados da bancada da Fretilin para votarem a favor do levantamento da proibição de sair do país do Presidente da República para visita oficial ao estrangeiro, com receio da realização de eleições presidenciais, dentro de noventa dias, caso Horta cumprir a ameaça de resignação ao cargo.

Ramos-Horta chantageia Parlamento Nacional

17:00 horas (9:00 h de Portugal), de hoje, dia 9/9, é o prazo imposto pelo Presidente da República aos deputados para reconsiderarem a sua posição relativamente à proibição decretada pelo Parlamento Nacional de o Presidente viajar para o estrangeiro em visita oficial. E findo o prazo estipulado, caso o Parlamento Nacional não revogar a decisão ontem tomada em plenário, o Presidente Horta solicitará ao Parlamento Nacional a sua resignação do cargo.

De Ataúro

Belloi, Timor-Leste. - A ilha de Ataúro, última porção de Timor-Leste sob domínio português até poucos dias antes da invasão indonésia em 1975, tem os contornos de uma gota de água e talvez a área da ilha Graciosa, nos Açores. Vivem aqui cerca de nove mil pessoas, que falam tétum e uma outra língua local, nas montanhas, com vários dialectos. Vivem aqui duas missionárias brasileiras protestantes, uma baptista que fala tétum com sotaque de Minas Gera, a outra calvinista e oriunda da Paraíba. Faço a esta uma pergunta com rasteira: como decidiu vir para aqui? A missionária, que acredita na doutrina da predestinação, não se deixa enganar: não decidu vir, diz-me, orou e Deus permitiu que ela viesse. Uma minidelegação da Assembleia da República de Portugal, chefiada por Jaime Gama, e acompanhada pelo embaixador de Portugal em Díli, veio a Ataúro numa brevíssima visita. Eu fiz-me convidado para vir também. Eles tiveram a simpatia de me aceitar. As águas límpidas e, em torno da ilha permitem v

O desepero do 'animal feroz'

"Farei tudo ao meu alcance para restaurar a confiança com os professores." (Sócrates, RTP1-1/9) A 27 de Setembro, os prof vão lançar o 'menino de oiro' pela borda fora. Os professores, magistrados, médicos, enfermeiros, polícias, militares e funcionários públicos e seus familiares não vão esquecer, a 27 de Setembro, o trato de polé a que foram sujeitos por esta governação socratinesca durante estes quatro anos. Votemos à direita ou à esquerda, mas nunca no PS de Sócrates.

Perfil de Sócrates, por António Barreto

'Sócrates, o ditador' Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal, ao ponto de, com zelo, se exceder. Prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos. Onde estão os políticos socialistas ? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta. Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho